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Caso Kauã e Joaquim

"Coração apertado", revela pai de Kauã em chegada ao Fórum

Rainy Butkovsky acompanha o julgamento de Georgeval Alves no Fórum de Linhares


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Imagem ilustrativa da imagem "Coração apertado", revela pai de Kauã em chegada ao Fórum
Rainy Butkovsky acompanha o julgamento |  Foto: Eliane Proscholdt

A família de Kauã Butkovsky, de 6 anos, foi até Linhares, no Norte do Espirito Santo, para acompanhar o júri popular de Georgeval Alves Gonçalves, que teve início na manhã desta terça-feira (18). Ao chegar no Fórum da cidade, o comerciante Rainy Butkovsky, pai de Kauã, disse que acredita que, desta vez, o julgamento vai começar para que seja concluída a parte judicial. 

"O vazio é imenso. É o mesmo vazio que a gente sente nesses cinco anos, com o coração apertado e, quando chega mais próximo [do julgamento], aperta mais e a gente fica mais triste ainda. É guardar as lembranças boas que tenho do meu filho e pedir a Deus para o processo andar e o júri acontecer para que a gente possa viver o nosso luto. A dor sempre é grande, mas, quando chega a data em que vai fazer ano de que tudo aconteceu ou a data que ele faria aniversário, a gente sofre mais  ", afirmou Rainy.

Leia mais notícias do caso Kauã e Joaquim aqui

O pai de Kauã deseja a condenação com pena máxima do ex-pastor.

O advogado Siderson Vitorino chamou o ex-pastor de ministro da mentira e garantiu que vai pedir a condenação a 136 anos de prisão.  "Estamos preparados, dentro do contexto que nos impõe o caderno processual, pedir a condenação de Georgeval a 136 anos de prisão".

O julgamento seria realizado no dia 3 de abril, porém foi remarcado depois que a defesa do ex-pastor abandonou o júri alegando insegurança. Além de uma multa de R$ 260 mil, o juiz Tiago Fávaro Camata, da Vara Criminal de Linhares, determinou a nomeação de um advogado dativo, que vai assumir a defesa de Georgeval, caso os advogados que o defendem abandonem novamente o júri. 

A expectativa é de que o julgamento leve até três dias para ser finalizado. Ao todo, serão ouvidas 20 pessoas, sendo cinco delas peritos que irão prestar esclarecimentos. Pelo menos 11 pessoas foram arroladas pelo Ministério Público  do Espírito Santo, sendo um delegado,  dois  bombeiros, cinco peritos e três testemunhas. Outras quatro pessoas foram arroladas pelos advogados de acusação e cinco  pela defesa do ex-pastor.

RELEMBRE O CASO

O ex-pastor foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pela acusação de espancar, estuprar e matar o filho Joaquim e o enteado Kauã, em 21 de abril de 2018 na casa onde moravam no centro de Linhares no Norte do Estado. 

Segundo a denúncia, Georgeval teria estuprado e torturado as vítimas, colocando-as desacordadas na cama localizada no quarto das crianças. “Logo em seguida, empregou agente acelerante (líquido inflamável) no local e ateou fogo, causando as mortes das vítimas por ‘carbonização’”, diz o documento. 

Leia Mais: "Só consigo acreditar na hipótese que ele surtou", diz mãe de Kauã e Joaquim

O júri popular do ex-pastor acontece no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, e será comandado pelo juiz Tiago Fávaro Camata. A expectativa é de que o julgamento possa durar até três dias.

Ao todo, serão ouvidas 20 pessoas, sendo cinco delas peritos que irão prestar esclarecimentos. Pelo menos 11 pessoas foram arroladas pelo Ministério Público  do Espírito Santo, sendo um delegado,  dois  bombeiros, cinco peritos e três testemunhas. Outras quatro pessoas foram arroladas pelos advogados de acusação e cinco  pela defesa do ex-pastor.

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