Georgeval Alves chega ao Fórum de Linhares para júri popular

Carro da Sejus que levou Georgeval para o julgamento |  Foto: Eliane Proscholdt

O ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves já está no Fórum de Linhares, onde vai ser julgado pelo assassinato dos irmãos Joaquim Salles Alves, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos. Sob escolta de carros das forças de segurança, o acusado chegou por volta de 8h30, desta terça-feira (18), ao local onde acontece o júri popular. 

O carro com policiais penais da Divisão de Escolta e Recaptura Policial (Derp), da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), estacionou dentro da garagem do fórum para que os agentes conduzissem Georgeval para interior do estabelecimento. Policiais armados fizeram a escolta do réu.

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O advogado de defesa do ex-pastor, Davi Dickson Meroto Lamas Pereira, também já está no fórum, mas não conversou com a imprensa durante a chegada, alegando que precisava resolver questões técnicas antes do júri ser iniciado. 

Os promotores de Justiça do Ministério Público do Espírito Santo, que compõem a parte da acusação, também já estão no fórum e aguardam o início do júri. 

Antes de entrar no fórum, o promotor de Justiça Cleander César da Cunha Fernandes afirmou que tem a expectativa de que hoje o julgamento aconteça. "Todas as provas que temos nos autos, todos os laudos e toda a investigação apontam para uma só direção: a condenação em todos os crimes que a ele foi imputado", afirmou.

Também integrante da banca de acusação, o advogado Siderson Vitorino afirmou que Georgeval é o ministro da mentira e sacerdote da dissimulação. "Estamos preparados, dentro do contexto que nos impõe o caderno processual, pedir a condenação de Georgeval a 136 anos de prisão".

O julgamento seria realizado no dia 3 de abril, porém foi remarcado depois que a defesa do ex-pastor abandonou o júri alegando insegurança. Além de uma multa de R$ 260 mil, o juiz Tiago Fávaro Camata, da Vara Criminal de Linhares, determinou a nomeação de um advogado dativo, que vai assumir a defesa de Georgeval, caso os advogados que o defendem abandonem novamente o júri. 

A expectativa é de que o julgamento leve até três dias para ser finalizado. Ao todo, serão ouvidas 20 pessoas, sendo cinco delas peritos que irão prestar esclarecimentos. Pelo menos 11 pessoas foram arroladas pelo Ministério Público  do Espírito Santo, sendo um delegado,  dois  bombeiros, cinco peritos e três testemunhas. Outras quatro pessoas foram arroladas pelos advogados de acusação e cinco  pela defesa do ex-pastor.

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