Procura por financiamento para empresas lideradas por mulheres sobe 10%
Segundo o Bandes, houve aumento de 10% na concessão de linhas de crédito para empresas lideradas por mulheres
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É preciso mais que uma boa ideia para tirar um sonho do papel. E as mulheres estão a cada dia mais empenhadas em realizar seus projetos. Segundo o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), no primeiro semestre deste ano houve aumento de 10% na concessão de linhas de crédito para empresas lideradas por mulheres.
Do total de empréstimos concedidos para negócios, 41% foram para empresas femininas. E o valor médio dos financiamentos gira em torno de R$ 1,6 milhão, com até 120 meses para pagar, dependendo do negócio, e carência de até 30 meses.
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Atualmente, no Espírito Santo, 43% das empresas são lideradas por mulheres e o Bandes tem uma gerência de negócios especificamente para lidar com esse público. No primeiro semestre deste ano, a maioria dos negócios financiados ficou por conta dos setores de indústria e serviços, segundo Gabriela Vichi, diretora operacional do Bandes.
“Hoje temos uma gerente de negócios específica para atender mulheres, mas de forma geral a mulher tem ocupado mais os espaços de liderança e empreendendo em diversas áreas”.
Os empreendimentos no setor de alimentos, como padarias, restaurantes, cafés, comidas congeladas e outros têm ocupado grande espaço entre as mulheres, que geralmente começam em casa e buscam posteriormente o apoio do Sebrae e do Bandes para alavancar os negócios.
A diretora do Bandes diz que o banco apoia todos os tamanhos de negócios e que é preciso mudar essa imagem de que só empresas tradicionais conseguem financiamentos. “Atualmente aportamos recursos desde a implantação da empresa até ampliação do negócio e novas filiais. Analisamos a viabilidade técnica, econômica e financeira. Temos essa disposição de apoiar os projetos”, explica.
Assim aconteceu com a Bruna de Magalhães, 42, e Thágua de Oliveira, 44, sócias-proprietárias da “É Tudo Delícia” – loja de bolos e cafeteria em Bento Ferreira, Vitória, e em Vila Velha. Ela contou com o Bandes em todas as etapas.
“Eles foram parceiros há seis anos quando montamos a primeira loja, depois durante a pandemia, tempos depois quando reformamos e agora quando montamos nossa nova loja, em frente ao Fórum de Vila Velha”, disse Bruna.
Apoio bancário para abrir filial
A empresária Bruna de Magalhães e a sócia Thágua de Oliveira, 44, estão superanimadas com o empreendimento novo. A marca delas, a “É Tudo Delícia”, tem nova filial em Vila Velha, graças a uma linha de crédito do Bandes.
As empreendedoras realizaram o sonho do novo negócio perto de casa, em local privilegiado, próximo de órgãos públicos e de uma universidade.
“Era nosso sonho abrir uma filial em Vila Velha, cidade em que moramos. Agora a loja está novinha e muito bem localizada”, comemora Bruna. Ela e a sócia começaram o negócio há seis anos com venda de bolos caseiros. Posteriormente modificaram o negócio para atender o público da região, com porções individuais. Atualmente funcionam em Bento Ferreira, Vitória, e em Vila Velha.
Para Bruna, empreender é desafiador porque os primeiros anos são muito difíceis.
“O negócio demora a ficar confortável na rentabilidade. Demora para ter um pró-labore, para manter as contas de casa sem precisar fazer um extra por fora do negócio. E acho que isso é o que mais faz as pessoas desistirem, a dificuldade de ter um rendimento. As pessoas acham que em seis meses vão conseguir, mas não é verdade.”
As duas têm 11 funcionárias mulheres e pretendem contratar mais. O único homem na equipe é o filho de Bruna, Marco Túlio Magalhães, de 19 anos. Ele até mudou os planos para o futuro e trocou sua opção de curso superior para Engenharia de Produção.
Para enxugar os custos, o sistema de atendimento nas lojas não tem garçom. “A pessoa pede no balcão, pega e se senta. Foi uma forma de enxugar também o custo”. Funcionárias têm seguro de vida, saúde e plano odontológico.
Quer empreender no ramo da gastronomia?
O mercado da gastronomia é competitivo, mas com muitas oportunidades. Empreender nessa área requer uma série de habilidades, desde a gestão financeira até a criatividade para elaborar receitas diferenciadas. Mas antes de escolher sua nova empreitada, considere o seguinte:
Motivos: é preciso ter claros os motivos que o levaram a tomar essa decisão. Lembre-se de que apenas gostar de cozinhar não é o suficiente. Trata-se de um mercado que exige muito esforço e dedicação, muito além do preparo de alimentos
Atuar no ramo alimentício é, em muitos casos, sinônimo de trabalhar enquanto as outras pessoas descansam. Questione-se se você está disposto a trabalhar de noite, durante os finais de semana e também nos feriados. Tenha em mente que o trabalho começa muito antes do estabelecimento abrir as portas e termina muito depois da saída do último cliente.
Conceito: definir o conceito e o público-alvo do seu negócio são essenciais. Em um mercado tão populoso, é preciso criar uma marca forte, que tenha apelo e saiba muito bem quem é sua clientela.
Isso vai depender de uma série de fatores, como região em que será aberto o restaurante, tipo de comida e tipo de serviço (à la carte, somente delivery, vendas por internet, etc).
Curso para empreender
O Sebrae tem um curso on-line para capacitar profissionais que queiram iniciar no ramo de gastronomia. O curso “Receita de sucesso: cardápio, cozinha e alimentos” ensina estratégias e técnicas sobre a elaboração, o planejamento e a atratividade dos cardápios.
O curso também ensina sobre o fluxo de trabalho e os controles necessários para o monitoramento da gestão operacional na produção e na manipulação de comidas.
Segundo o Sebrae, a receita de sucesso passa pelo cardápio, cozinha e alimentos impecáveis, uma vez que o êxito de um empreendimento do segmento de alimentação fora do lar depende sempre de três pilares. São eles, também, cardápio, equipe e gestão.
Por isso, o Sebrae foca nesses pilares e ensina estratégias e técnicas voltadas para a elaboração, o planejamento e a atratividade dos cardápios, além de boas práticas na fabricação e manipulação de alimentos, contemplando o detalhamento do fluxo operacional de trabalho e os controles necessários para o monitoramento da gestão operacional.
O curso é on-line, tem duração de três horas e pode ser concluído em 15 dias, com certificado de participação.
Financiamento
Antes de buscar um financiamento para o negócio, a empreendedora deve consultar o Sebrae.
O Crédito Orientado e Assistido é um serviço que ajuda na decisão consciente para a obtenção do crédito e, após conseguir o recurso financeiro, o Sebrae acompanha durante a vigência da operação para que o empreendedor mantenha a saúde financeira do negócio e as parcelas em dia. Por meio de informações, diagnósticos, ferramentas digitais, conteúdos, capacitações e consultorias, é possível reduzir o risco da inadimplência.
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