“Me inspirei na minha avó e hoje exporto produtos”
Empresária conta como começou seu negócio
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A empresária Regiane Elias se inspirou no sabonete de abacate da avó para montar sua própria perfumaria. O que ela não sabia é que esses cheiros da família a levariam tão longe. Ela fez Farmácia, viajou o mundo conhecendo cheiros e foi parar na França, onde estudou Alquimia.
Em 2018, criou a Feito Di, em Cachoeiro de Itapemirim. Ela tem um estande na Super Liquida ES, feira que acontece de amanhã até sábado no Centro de Celebrações, em Jardim Camburi, Vitória.
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Regiane conta como o negócio deu certo, com apoio das feiras realizadas pelo Sebrae e Aderes, que a levaram a ser conhecida fora do Brasil. Seus produtos 100% naturais já são vendidos no Japão, Estados Unidos e Europa.
A Tribuna - Como começou seu negócio?
Regiane Elias - Tudo começou com xampu de abacate, da minha avó, que era um xampu em barra, sem sulfatos e parabenos. Todo mundo adorava o tal sabão de abacate. E ela perfumava a casa com sachês de lavanda e era sensacional porque a casa ficava muito cheirosa.
Aquilo então foi uma referência para mim. Eu decidi me especializar, fiz Farmácia, me especializei em Alquimia, viajei o mundo, conhecendo aromas em muitos lugares e descobri a arte da destilaria.
Resolvi fazer isso para minha vida. Comecei a produzir o meu próprio xampu, condicionador e sabonete para fugir dos sulfatos e parabenos, que fazem muito mal para a vida da gente.
Então descobri que haveria uma feira de agronegócios e resolvi começar a mostrar meus produtos. Apresentei meu projeto que era algo muito simples e o Sebrae e a Aderes apostaram.
-Como sua empresa cresceu?
Minha primeira exposição foi em 2018 com poucos produtos. Comprei o estande, expus e comecei a vender. Dois anos depois eu conheci a Aderes e o Sebrae, que patrocinavam eventos.
A empresa que tinha um faturamento de R$ 5 mil passou a um faturamento de R$ 100 mil por causa desse apoio. Hoje eu não posso mais ser MEI, estamos exportando, somos convidados para muitos eventos, conhecendo muitas pessoas. Hoje a Feito Di responde por 100% das finanças da nossa família. Temos só um funcionário e estamos em franca expansão.
-Qual sua linha de produtos?
Xampus e condicionadores, creme de pentear, temos mais de 100 fragrâncias, manteiga de tratamento, espuma de limpeza, argilas, velas, sais de banho. Nossa! São muitos produtos.
-Você também trata doenças de pele?
Sim, eu tinha psoríase e dermatite atópica. Desenvolvi uma formulação e estamos cuidando de oito crianças espalhadas pelo Brasil que têm icterícia bolhosa e elas recebiam tratamentos de várias partes do mundo e nenhum desses tratamentos eram funcionais. Temos fotos e depoimentos de crianças que tiveram a pele restaurada por um produto nosso, que é uma manteiga de hidratação intensiva.
-E os planos para o futuro?
Agora estamos entrando no mundo dos óleos essenciais, fazendo parcerias com empresas da Ásia e aqui do Brasil para entregar algo muito bom, com a assinatura da Feito Di. Precisamos contratar mais dois funcionários. Teremos a necessidade, infelizmente, de sair de Cachoeiro.
Vamos nos mudar para a Grande Vitória porque queremos estar mais perto do nosso público consumidor, alcançando novos mercados. Temos a intenção de fazer umas parcerias com lojas físicas. Hoje vendemos nas feiras e também on-line, pelo nosso WhatsApp e Instagram.
-Qual a importância de participar dessas feiras?
É sensacional, porque além da venda que fazemos ali no local, vamos fazer contatos com pessoas que futuramente podem nos acessar. Foi assim que conheci uma médica japonesa que hoje compra lotes inteiros de hidratantes de babosa. Ela levou um hidratante num dia e no dia seguinte arrematou todo o estoque. Agora ela encomenda 150 potes.
-Você tinha essa expectativa profissional?
Não, nunca imaginei chegar onde cheguei e às vezes eu choro. Eu me sinto muito realizada. E a gente procura trabalhar com o que há de melhor em matéria-prima. Recebemos um feedback diário dos nossos produtos e de que eles são os melhores que as pessoas já conheceram e isso nos realiza muito.
O dinheiro é importante, mas a maior realização vem das pessoas que realmente gostam do que produzimos. .
-Você acha que chegou onde está devido a quê?
Além de Deus? À nossa dedicação, nosso esforço para não perder a qualidade do produto. Para quem está começando eu indico: perseguir os sonhos, estudar, buscar melhorias, trabalhar para pessoas, não só pelo dinheiro. Convido a todos para visitarem meu estande na Super Liquida ES.
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Moda Fitness para “mulher real”
Produzir moda fitness para a mulher com um corpo real foi o desafio da enfermeira auditora Tacila Pimenta. Durante a pandemia, ela tirou do papel seu sonho de empreender e montou a Poivre Moda Fitness – loja de roupas esportivas para mulheres que usam do P ao GG.
“A mulher real foi minha grande sacada, porque a maioria das marcas trabalha com manequim 38/40, para uma mulher magra, mas hoje a atividade física é praticada por todas as idades e por mulheres de todos os tamanhos”, explica Tacila.
Para começar, ela desembolsou R$ 3 mil, depois de fazer o curso Empretec, do Sebrae. Ela explica que está sempre se atualizando e fortalecendo seu networking em feiras e eventos, como a Super Liquida ES.
Apaixonada por laços e fitas
De dona de papelaria a artesã. Essa foi a trajetória da empreendedora Márcia Amistá, de 52 anos. Ela conta que tinha uma papelaria e quando chegava a época de festa junina, as pessoas sempre pediam laços enfeitados. Foi assim que ela começou a produzir e se apaixonou pelo mundo dos acessórios infantis.
Este ano fechou a papelaria e passou a se dedicar somente a Amistá Laços e Artes. “Vejo que geralmente as empreendedoras da minha área começaram fazendo laços para as filhas, mas eu não, porque tive dois meninos”, brinca a empreendedora. Ela está expondo suas artes na Super Liquida ES. Para ela, participar de feiras é um grande incentivo ao negócio porque os clientes podem ver a qualidade dos seus produtos.
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