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Empreendedorismo Capixaba

“O mercado é cruel com a gente”, diz empresária

Em entrevista para A Tribuna, Ana Quiroz fala sobre a Talks People, que é sua instituição sem fins lucrativos para empoderar mulheres


Imagem ilustrativa da imagem “O mercado é cruel com a gente”, diz empresária
Ana Quiroz ajuda jovens mulheres a desenvolverem suas habilidades para o mercado: “Precisamos dar as mãos” |  Foto: Susana Loureiro

Ana Quiroz tem 26 anos e uma mente brilhante. Especialista em Neurociência, inovação e criatividade, com diversos certificados internacionais, como das universidades de Chicago, Harvard e Yale, nos Estado Unidos, ela só descobriu que é autista no ano passado.

Atualmente utiliza toda a sua energia para criar startups e ajudar mulheres a entrar no mercado de trabalho. Assim ela fundou a TalksTech e já ganhou prêmio Destaque Empresarial, por práticas inovadoras. Em entrevista para A Tribuna, ela fala sobre a Talks People, que é sua instituição sem fins lucrativos para empoderar mulheres.

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A Tribuna – Como é o seu trabalho?

Ana Quiroz - Hoje na TalksTech a gente tem três braços: o Buddie App, que é um aplicativo de saúde mental; tem o Outsider Hub, que é um hub de ideias, com essa pegada de inclusão no mercado de trabalho de pessoas que não têm o acesso facilitado, ou que não têm diploma, que tiveram dificuldades de acesso à universidade, mas que têm potencial. E a gente tem também a Talks People, que é uma organização sem fins lucrativos. Hoje não é formalizada como ONG. Mas é onde a gente treina jovens para o acesso ao mercado de trabalho.

Sua prioridade é treinar mulheres?

Eu sou ativista feminista desde os 12 anos de idade. Enquanto mulher feminista, eu dou prioridade hoje a mulheres. Tenho duas meninas que vieram desse projeto aqui na minha empresa e estão estudando marketing e sendo treinadas para o mercado de trabalho.

Uma delas diz que quer fazer carreira na startup. Eu estimulo e apoio. Já a outra quer abrir a própria agência de marketing. Então, veja que bacana, tenho duas meninas que achavam que não queriam ser nada e hoje querem alcançar o mundo. Eu acho isso incrível.

Como é seu trabalho de inclusão?

E eu sou mentora, palestrante de diversidade e inclusão. Dou consultoria para empresas na área de diversidade e inclusão. Então, assim, todo o meu dia resolvo incluir porque a gente precisa selecionar essas pessoas para dar treinamento e mostrar o trabalho delas para as empresas gerando uma renda.

E a maioria dos selecionados são mulheres. Temos uma cota de prioridade para mulheres. E esse cuidado é porque a gente sabe que o mercado é mais cruel com as mulheres. Independente de orientação sexual, de cor. Então precisamos dar as mãos, umas às outras.

Você treina homens?

Hoje eu sou coach de desconstrução para algumas lideranças masculinas. Aquelas lideranças que têm coragem de se desconstruir, né? Hoje eu tenho alguns clientes nesse perfil. Não posso citar nomes pelo acordo de confidencialidade que temos com eles, porque a gente trata de preconceito. Geralmente eles são muito machistas e você vê a mudança no comportamento deles durante o treinamento.

Como você vê o tema inclusão?

Então, é muito importante falar sobre inclusão, mas eu acho que isso é temporário. Porque a verdade é que estamos reparando algo que foi construído pela sociedade, mas que não deve permanecer. As novas gerações não vão perpetuar essa falta de inclusão e as pessoas que estão no mercado de trabalho devem acelerar seus processos para que o preconceito fique no passado.

O que acha de premiar ONGs?

Premiar é importante. Não só ONGs, mas empresas que se destaquem nesse viés, pois a gente aqui na empresa tem uma pegada muito próxima das mulheres.

No dia a dia, eu literalmente tiro horas do meu trabalho para estar com elas o tempo inteiro, pegando na mão, motivando quando elas se sentem incapazes, quando elas sentem que não merecem estar ali. A gente vem e fala, oferece apoio emocional, de conhecimento e conexão. E não temos incentivo para isso.

Critérios de avaliação do prêmio

Comissão

Uma comissão de especialistas nas áreas de empreendedorismo feminino, igualdade de gênero e combate à violência contra as mulheres fará análise das candidaturas, considerando os critérios de avaliação estabelecidos pelo prêmio. As inscrições serão avaliadas com base em critérios pré-definidos e ponderados:

Impacto social

Inovação e criatividade

Sustentabilidade

Alcance e abrangência.

Edital sai dia 2/10

Período de inscrição: De 2/10/2023 a 20/10/2023.

Curadoria do prêmio: De 23/10/2023 a 10/11/2023.

Lista de finalistas: 20/11/2023

Premiação: 8/12/2023.


Meta é reduzir desigualdade

Imagem ilustrativa da imagem “O mercado é cruel com a gente”, diz empresária
Marjorie: ação pela igualdade |  Foto: Acervo pessoal

A Secretaria Estadual das Mulheres está promovendo o Prêmio Elas como forma de reduzir as desigualdades de gênero.

Segundo Marjorie Seidel, gerente de Empreendedorismo, Inclusão Produtiva e Autonomia das Mulheres da Secretaria, reconhecer e apoiar as organizações que estão na linha de frente dessa luta é essencial para construir uma sociedade mais justa e igualitária.

“Ao participar desse prêmio, as instituições não apenas fortalecem seu trabalho, mas também contribuem para a transformação social que tanto almejamos”, destaca Marjorie.

Participar do Prêmio Elas não é apenas uma oportunidade de reconhecimento financeiro, mas também uma forma de ampliar o impacto das ações em prol da igualdade de gênero.

Ao concorrer a esse prêmio, as organizações têm a chance de ampliar o alcance de suas iniciativas, já que o prêmio oferece visibilidade e reconhecimento, o que pode atrair mais parceiros, voluntários e recursos para expandir o trabalho.

A iniciativa busca premiar três ONGs com um valor de R$ 10 mil cada e seis instituições, movimentos ou coletivos sem CNPJ com R$ 5 mil, cada uma.

O edital será publicado na próxima segunda-feira, dia 2 de outubro, e as instituições terão até o dia 20 do mesmo mês para fazer a inscrição. A premiação está marcada para o dia 8 de dezembro.

Depoimentos

Dar educação e apoio

“Importante é dar apoio a outras mulheres. Não basta ensinar a costurar, mas sim dar educação e apoio. Na questão do empreendedorismo, a gente não ensina a costurar absorventes, mas sim costurar o que ela quiser. Espero que o Prêmio Elas possa mostrar o que as instituições estão fazendo pelas mulheres.
Nós buscamos dar educação menstrual a elas, porque muitas têm vergonha de menstruar. Queremos mostrar a essas mulheres que o sangue não é algo sujo, mas sim algo muito rico. Por isso queremos expandir nosso trabalho de educação e empreendedorismo pelo Estado do Espírito Santo”, 
Fabíola Mozine, do projeto Segue o Fluxo

Maior região periférica

"Atuamos na Região 5, que é a maior região periférica do município de Vila Velha e a segunda maior do Estado. E aqui, a gente tem um núcleo de mulheres empreendedoras que se uniram para realizar seus projetos e obter conhecimento. A nossa instituição criou o Costumize ES, que é um projeto de costura criativa, a partir de tecidos reciclados, vindos de brechós e do lixo da indústria têxtil. Essas peças são totalmente modificadas e depois de produzidas são vendidas em eventos e feiras.
Vamos nos inscrever no Prêmio Elas porque todo incentivo é importante. Se ganharmos, vamos investir nas manutenções das máquinas de costura"
, Débora Schulz, da Nação Mulher ES

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