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Mundo Digital

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Colunista

Eduardo Pinheiro

Volta do golpe do falso traficante

Golpe do falso traficante assusta, mas informação e calma são as melhores defesas

Eduardo Pinheiro, Colunista de A Tribuna | 15/09/2025, 13:52 h | Atualizado em 15/09/2025, 13:52

Imagem ilustrativa da imagem Volta do golpe do falso traficante
Eduardo Pinheiro. |  Foto: Divulgação

Nas últimas semanas, voltou a circular com força total no Espírito Santo um golpe que já deixou muitas vítimas em desespero: o golpe do falso traficante.

A tática não é nova, mas permanece eficiente porque explora o medo mais profundo das pessoas: a ameaça direta à vida.

Os criminosos entram em contato com a vítima afirmando que ela estaria repassando informações para a polícia e, em tom intimidador, sugerem que, caso não haja “resolução” da situação, poderá haver derramamento de sangue.

O golpe assusta porque os criminosos usam dados pessoais da vítima — nome, endereço e parentes — para dar credibilidade à ameaça.

Essas informações, porém, não vêm de vigilância, mas do megavazamento de 2021, que expôs dados de 223 milhões de brasileiros e os deixou disponíveis gratuitamente na Deepweb até hoje. Para aumentar o impacto psicológico, a mensagem geralmente chega em um tom de falsa “conversa” e costuma seguir esse roteiro:

“Chegou informações aqui em nosso grupo que você 'tá' trabalhando com a polícia, passando informações de nossos meninos para a polícia. Desde já queremos saber qual foi o mal que fizemos a você, que você anda passando informações dos nossos pontos de tráfico. Esses dias tivemos muitas perdas por causa desses tipos de denúncia. Se você não deve, não teme. Então, se você não quer que ocorra nenhum derramamento de sangue, de nenhuma pessoa inocente, chega em mim para 'nós estar' resolvendo da melhor forma essa situação.”

O objetivo dessa estratégia é único: gerar pânico. O criminoso precisa da reação emocional imediata para induzir a vítima a pagar valores via PIX. É nesse momento que o autocontrole faz toda a diferença.

Como agir diante da ameaça

1. Não responda. O silêncio coloca o golpista em dúvida se realmente acertou o alvo ou se está falando com outra pessoa.

2. Não bloqueie imediatamente. Esses grupos possuem dezenas de chips de telefone. Se você bloquear, eles tentarão de outra linha.

3. Registre um boletim de ocorrência. O volume de registros permite que a Polícia dê mais atenção às investigações e identifique padrões de atuação.

4. Ative a privacidade no WhatsApp. O golpista não verá sua foto de perfil e não receberá confirmação de leitura, reduzindo a chance de insistência.

Ao seguir esses passos, a vítima mantém a serenidade e esvazia o poder do golpe. Sem o desespero da outra parte, o criminoso perde a principal arma da abordagem: o medo imediato. O recado é claro: informação e calma são as melhores defesas contra esse tipo de crime. Golpes como o do falso traficante só prosperam porque exploram a vulnerabilidade emocional.

Ao transformar o medo em cautela, a sociedade reduz o espaço de ação para os criminosos digitais.

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