Hábitos que deixam celular vulnerável
Negligência em relação à segurança de aparelhos celulares pode abrir caminho para a ação de hackers e golpistas
O smartphone se transformou no grande repositório da vida moderna. É nele que guardamos nossa lista de contatos, a agenda de compromissos, a câmera fotográfica, o computador de bolso, a calculadora de mão e, claro, o acesso imediato ao banco.
Hoje, esquecer a carteira em casa, ou até mesmo a bolsa, não provoca tanto transtorno quanto sair sem o celular. Afinal, está tudo ali — e justamente por isso ele se tornou o alvo preferido dos criminosos digitais.
Apesar de tamanha importância, ainda é comum que os usuários tratem seus aparelhos com descuido. A negligência em relação à segurança abre caminho para a ação de hackers e golpistas, que encontram no mau uso do dispositivo uma porta escancarada para o golpe.
A situação é séria e tem crescido de forma preocupante. Segundo pesquisa da Kaspersky, divulgada pelo portal Olhar Digital, apenas em 2024 os ataques direcionados a smartphones aumentaram 70% em comparação com o ano anterior.
Isso mostra que os criminosos sabem explorar com maestria as falhas cometidas pelos próprios usuários — sejam elas por ação, quando clicam em links suspeitos, ou por inação, quando deixam de adotar boas práticas de proteção.
Entre os hábitos mais perigosos está o de não atualizar o sistema operacional e os aplicativos.
As atualizações não são meros caprichos das empresas de tecnologia: elas corrigem vulnerabilidades que já estão sendo exploradas por criminosos. Ignorar as permissões solicitadas pelos aplicativos é outro erro. Muitas vezes o usuário aceita sem pensar, entregando acesso indevido a câmera, microfone, localização e arquivos pessoais.
Também é arriscado clicar em links de promoções recebidos por mensagens ou redes sociais. Grande parte dos golpes começa exatamente aí, com uma oferta tentadora que leva a sites falsos.
Instalar aplicativos fora das lojas oficiais é outro perigo recorrente. Esses apps podem carregar malwares capazes de roubar dados bancários e credenciais de acesso.
Há ainda o costume de deixar o Bluetooth sempre ativado. Essa função, aparentemente inofensiva, pode ser explorada por golpistas em ambientes públicos para se conectar ao seu aparelho sem que você perceba.
E, claro, usar redes Wi-Fi abertas sem nenhum tipo de proteção é praticamente um convite para que os criminosos capturem suas informações pessoais.
O cenário pode parecer preocupante, mas a boa notícia é que a prevenção está ao alcance de todos. Evitar esses hábitos e adotar práticas simples de segurança faz toda a diferença.
Mantenha seu celular atualizado, desconfie de links milagrosos, prefira sempre as lojas oficiais para baixar aplicativos, desligue o Bluetooth quando não estiver em uso e use VPNs ao acessar Wi-Fi público.
Ao seguir essas orientações — e ficar atento às dicas semanais desta coluna — você não estará apenas protegendo seu dispositivo. Estará, sobretudo, blindando seus dados, seu dinheiro e a sua tranquilidade em um mundo digital cada vez mais desafiador.
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