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Cidades

Professora do ES ganha prêmio por álbum de figurinhas contra o racismo

Professora da rede municipal de Anchieta recebe Prêmio Educador Transformador por criação de álbum antirracistas


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Imagem ilustrativa da imagem Professora do ES ganha prêmio por álbum de figurinhas contra o racismo
Núbia Barcelos mostra figurinha para os alunos na sala de aula. Foram usadas personalidades negras do cenário mundial, nacional, estadual e municipal |  Foto: Divulgação

Uma ideia inovadora da professora de História da Rede Municipal de Ensino de Anchieta, Núbia Barcelos, rendeu a educadora um prêmio pelo projeto.

Com o objetivo de formar um ambiente de aprendizado inclusivo, Núbia criou um álbum de figurinhas antirracistas com personalidades negras do cenário mundial, nacional, estadual e municipal.

“Ao destacar figuras negras proeminentes, quis mostrar aos alunos que a história não é apenas feita por um grupo seleto de pessoas, mas por uma diversidade de indivíduos cujas contribuições moldaram o mundo em que vivemos”, enfatizou.

O projeto foi criado em 2022, na época da Copa do Mundo, quando as crianças se distraiam com o álbum de figurinhas dos jogadores do mundial.

“Estávamos organizando a Semana da Consciência Negra, e no mesmo período acontecia a Copa do Mundo. Os alunos todos envolvidos em trocar figurinhas e preencher o álbum, o que vinha atrapalhando as minhas aulas e dificultando o desenvolvimento do projeto da semana da conscientização. Foi quando surgiu a ideia de unir as duas coisas, transformar as figurinhas da copa em figurinhas de personalidades negras com destaque na história, com mesma estrutura e designer que as da copa para trabalhar nas salas de aula”, explicou.

O trabalho de Núbia foi realizado com crianças de 11 a 13 anos, do 6º e 7º ano. A educadora fez cada figurinha com informações da personalidade retratada, foi entregando as figurinhas para os alunos e lendo as informações para que eles pudessem adivinhar de quem estava falando.

“E para minha surpresa eles não sabiam, por exemplo, quem era o Mestre Valentim de Jongo da Comunidade de São Mateus, em Anchieta, e da influência do Jongo na formação da cultura do município, o que foi trabalhado posteriormente. Outro exemplo é Machado de Assis, fundador da Academia Brasileira de Letras, que eles não sabiam que era negro. O envolvimento dos alunos no projeto foi muito grande, eles começaram a ter uma visão diferenciada da nossa cultura e história”.

Pelo trabalho prestado para a educação do município de Anchieta, o projeto da professora recebeu uma moção de reconhecimento no Prêmio Educador Transformador, do Sebrae Espírito Santo.

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