Farmacêutico, músico e médico fazem comédia com o dia a dia
Shows de comédia crescem culturalmente e levam leveza ao público
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O stand-up comedy atrai comediantes de diferentes nichos de atuação, com rotinas completamente distintas nos palcos.
No Estado, há até médico, músico e farmacêutico que fazem comédia com as histórias inusitadas do cotidiano.
É o caso, por exemplo, do médico urologista e terapeuta sexual Camilo Milanez, 44, do farmacêutico Marcos Costa, 50, e do músico Pedro Brian, 39.
O médico Camilo Milanez conta que encontrou nas piadas uma forma de disseminar boas informações sobre sexualidade.
“Conto piadas com as histórias do meu dia a dia como marido e como pai. Como lido com a sexualidade masculina no trabalho, aproveito para comentar situações engraçadas. Percebi que, com o humor, consigo fazer as pessoas prestarem atenção nos diversos assuntos da sexualidade masculina”.
Se engana quem pensa que comediante nunca foi tímido. O farmacêutico Marcos Costa, 50, conta que venceu a timidez em noites dedicadas a comediantes iniciantes e revelou a fórmula para engajar e levar o público às gargalhadas.
“O que me ajudou bastante a vencer a timidez foi ir praticando, principalmente nas noites dedicadas aos iniciantes, chamadas de 'open mic', que acontecem uma vez por mês no Joker Comedy Club. O segredo é aprender a rir de si mesmo! Sempre exercito isso e até tiro material para as minhas piadas”.
O fundador do Joker Comedy Bar, Johnny Faria, 54, analisa que o stand-up comedy é uma expressão cultural em crescimento no Estado e já atrai diversos públicos durante os shows semanais.
“Há uma boa parte do público que vai sozinho ao stand-up comedy, principalmente na primeira vez. É uma forma de ter uma noite divertida, tomar uma cervejinha e sair feliz da vida, com uma sensação de leveza. É algo que está crescendo muito culturalmente”.
Alguns comediantes
Marcos Costa
50 anos, farmacêutico
- Como iniciou?
“Sempre trabalhei com teatro na igreja. Escrevia esquetes e roteiros. Então, foi natural”.
- Você possui algum nicho de atuação?
“Brinco que sou presidente da Associação dos Maridos Mandados pelas Esposas (Amme). É uma forma leve e descontraída de valorização da figura feminina e do casamento”.
Pedro Brian
38 anos, músico
- Como iniciou?
“Iniciei no humor após ir a um espetáculo de dois comediantes. Eu já estava acompanhando a cena em São Paulo, mas não sabia que tínhamos uma cena local de stand-up comedy”.
- Você possui algum nicho de atuação?
“Falo das coisas que vi e vivi na igreja pentecostal. Então, conto as coisas mais alegres que vivi. Escolhi o humor porque há tanta dor, e as pessoas precisam sorrir e chorar de alegria”.
Camilo Milanez
44 anos, médico urologista e terapeuta sexual
- Como iniciou?
“Sou médico e terapeuta sexual, e percebi que, com humor, as pessoas prestam atenção em conteúdos técnicos”.
- Você possui algum nicho de atuação?
“Conto piadas do dia a dia. Os homens têm dificuldade em falar sobre relacionamento e sexualidade. Transformo informação em piada”.
Ton Nascimento
32 anos, analista de seguros
- Como iniciou?
“Comecei fazendo uma noite de ‘open mic’ e um grupo de comediantes experientes me incentivou a investir no stand-up comedy. Desde cedo, consumo esse formato, o que me fez sentir confortável”.
- Você possui algum nicho de atuação?
“Gosto de pensar que não tenho um nicho específico. Essa é minha intenção: atingir o máximo de pessoas possível”.
Jonair Magnoni
51 anos, comediante
- Como iniciou?
“Sempre vi piada em tudo. Em uma apresentação, tive uma ótima troca com um comediante e fui convidado para um teste”.
- Você possui algum nicho de atuação?
“Faço piadas da vida cotidiana. Levo minha vida normal e acabo rindo de tudo”.
Rafa Viana
30 anos, comediante
- Como iniciou?
“Eu comecei no stand-up comedy por admiração a comediantes famosos, como Rafinha Bastos, Igor Guimarães e Danilo Gentili”.
- Você possui algum nicho de atuação?
“Na minha opinião, humor não tem limites”.
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