Contadora descobre gravidez um dia antes do parto no ES
Miriam Bruschi chegou a ser diagnosticada com diabetes e infecção urinária. Seu bebê nasceu saudável, de 37 semanas
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Foram menos de 24 horas entre a descoberta da gravidez e a hora do parto para que chegasse ao mundo o pequeno José, terceiro filho da contadora Miriam Dias Pinheiro Bruschi, de 37 anos, e do professor Carlos Bruschi, 31, moradores de Guarapari.
O casal foi parar em um hospital de Vila Velha porque Miriam estava sentindo muita dor na barriga. Ela chegou a receber o diagnóstico de diabetes e infecção urinária.
Mesmo menstruando normalmente e não sentindo sintomas da gravidez, Miriam e Carlos decidiram comprar um teste na farmácia enquanto buscavam os remédios.
“Aproveitando que estávamos na farmácia, compramos o teste de gravidez, por desencargo de consciência, e fizemos. Para nossa surpresa, deu positivo. Minha barriga estava dura mesmo, e a suspeita da diabetes era pelo fato do abdômen ficar duro. A suspeita da infecção seria pelo líquido que descia no lugar da urina”, lembra Miriam.
Na volta para casa, Miriam e Carlos conversavam sobre o pré-natal que teriam que iniciar com o terceiro filho e como seria a vida com mais um neném em casa. Mas, já chegando em Guarapari, Miriam começou a sentir que o líquido tinha aumentado o fluxo.
Eles decidiram voltar para o hospital e, já sabendo sobre a gravidez, procuraram uma ginecologista. Ela confirmou a gestação e informou que o bebê estava com cerca de 22 semanas, todo de um lado só, indicando que Miriam teria um mioma no útero e que talvez o bebê não tivesse mais com vida, porque não estava mexendo, e ela estava perdendo líquido.
Internada, Miriam descobriu que estava, na verdade, com mais de 37 semanas de gestação e o líquido era a bolsa que tinha estourado. “O neném não chegou a entrar em sofrimento, mas já tinha 7 centímetros de dilatação para o parto normal”. José nasceu no último dia 18, cheio de saúde.
Pai desistiu de ser padre
O professor Carlos Bruschi foi seminarista por seis anos e desistiu de ser padre porque queria ter uma família com muitos filhos. Com o nascimento de forma rápida do terceiro herdeiro, Carlos se diz realizado.
“A família era um sonho de vida, e hoje temos esse sonho realizado. Desde criança, adolescente, eu pensava em ser padre. Meu avô e meu pai também tentaram, mas desistiram pela vontade de ter uma família. Agora essa missão talvez possa ser dos meus filhos, se assim for da vontade deles”, ressaltou.
Ele brincou com o nascimento repentino do terceiro filho: “Para que nove meses se precisamos de 24 horas?”.
Carlos e Miriam se conheceram em movimentos de jovens da Igreja Católica e se casaram em 2018. Ele participava como seminarista do grupo Sal da Terra, do Encontro de Jovens com Cristo (EJC), e Miriam nunca pensou que aquele pudesse ser o seu marido.
“Eu olhava para ele como quem olha para os padres e seminaristas. Somente depois que ele desistiu do seminário é que passamos a conversar melhor”, contou ela.
Miriam Bruschi contadora: “Nasceu em menos de 1 hora”
Sem muito líquido no útero, os médicos não conseguiram ver o sexo do bebê e somente após o nascimento Miriam e Carlos descobriram que era mais um menino, que recebeu o nome de José. O casal já tem outros dois filhos, Thomás, de 1 ano e 6 meses, e Miguel, de 4 anos.
- A Tribuna: Como foi o parto?
Miriam Bruschi: Como eu não sentia contrações, tiveram que induzir o meu parto. Tomei remédio e comecei a sentir as primeiras contrações. Em menos de uma hora ele nasceu. E como não sabíamos se seria menina ou menino, o bebê foi chamado de ‘neném Bruschi’ por algumas horas.
- Então só souberam o sexo após o nascimento?
Isso. Descobrimos o sexo do bebê depois do nascimento. E por algumas horas ficamos pensando como se chamaria. E decidimos por José.
- Foi muito diferente das suas duas outras gestações?
Na primeira gestação eu tive insuficiência do colo do útero, que dilata antes da hora. Fiquei internada por dias no hospital, tomando medicação para não nascer prematuro. Seguraram até os oito meses. Por causa disso, tive que fazer na segunda uma cerclagem (costura do colo do útero) para não dilatar antes, e seguir com a gestação até o final. E o terceiro certamente eu também teria que fazer, mas nem sabia e deu tudo certo.
- Em nenhum momento passou pela sua cabeça sobre a gestação?
Eu menstruava normalmente. E quando sentia cólica, imaginava que seria por causa da menstruação, que logo descia. Eu usei as mesmas roupas durante a gestação, e o bebê não mexia. Como eu amamentava o segundo filho, alguns incômodos também depositei na amamentação.
- E como foi para as crianças receber o irmão?
O mais velho até entendeu, porque passou pelo processo da gestação do irmão. Mas o do meio, o Thomás, está muito ciumento. Ele já estava desmamando, mas agora quer mamar o tempo inteiro que vê o irmão mamando.
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