Mais de 3.600 capixabas tentam uma nova vida fora do Brasil
Essa é a estimativa de pessoas que estão saindo do país este ano em busca de novas experiências e oportunidades
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Em busca de uma vida nova, motivados pelas oportunidades e experiências, cada vez mais capixabas estão decidindo morar no exterior.
De acordo com os dados do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), a expectativa é que este ano haja um aumento de pelo menos 4% no número de brasileiros que moram no exterior. Em 2022, esse número alcançou a marca de 4.598.735, um recorde dos últimos 13 anos.
Deste total, cerca de 90 mil eram do Espírito Santo. As projeções estimam que neste ano mais de 3.600 capixabas vão morar fora do País, totalizando mais de 95 mil capixabas morando em outros países.
Com a implementação do novo modelo de concessão de autorização de residência a cidadãos, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, até março deste ano 114.730 brasileiros apresentaram pedido de certificado de autorização de residência junto ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras de Portugal.
Segundo o professor de Relações Internacionais da UVV Daniel Carvalho, Estados Unidos, Portugal e Itália são alguns dos países mais escolhidos por capixabas, devido à proximidade cultural, sensação de segurança e oportunidades de melhor poder aquisitivo.
“São países que compartilham de uma série de critérios que os capixabas levam em consideração quando pensam em mudar de país. Portugal, além da língua, que se torna um facilitador, ainda há o Enem, aceito em muitas faculdades”, destaca.
Quem escolhe os Estados Unidos, segundo a advogada da Espigariol Sociedade de Advogados Nytanella Casagrande, especializada em Direito Internacional, normalmente visa aumentar patrimônio, fazer investimentos e enviar dinheiro para familiares no Brasil.
“Haja vista a quantidade de oportunidades de trabalho e a boa remuneração para mão de obra, até mesmo sem qualificação”.
Já quem escolhe Portugal, segundo ela, foca na facilidade da língua, na boa qualidade de vida e uma rotina mais tranquila.
Adaptação
A biomédica Alda Casagrande Assumção, 37 anos, está morando na Flórida, nos EUA, com os filhos Victor Gabriel Casagrande Assumção, 16, e Nicolle Casagrande Assumção, 14. “Viemos para estudar e trabalhar, mas estamos gostando muito de viver aqui. Chegamos cheios de medo, mas agora já estamos bem adaptados”.
Rotina no Canadá
O casal Lais Almeida Porto, 31 anos, e Ricardo Porto, 31, se mudou para o Canadá e resolveu contar na internet o dia a dia de um capixaba imigrante. “Nossa primeira opção era os EUA, porém a política de imigração é rígida. Achamos o Canadá como uma boa opção. Não foi fácil, mas conseguimos vir para trabalhar e estudar”.
A pesquisa
Maiores comunidades brasileiras por país/território
Estados Unidos: 1.900.000;
Portugal: 393.000;
Paraguai: 254.000;
Reino Unido: 220.000;
Japão: 206.990;
Espanha: 165.000;
Alemanha: 160.000;
Itália: 157.000;
Canadá: 133.170.
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