Leitura de 80 livros em dois anos
Lucca Volnei, de 11 anos, aprendeu uma língua estrangeira por conta própria e resolve o cubo mágico em pouco mais de um minuto
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Mais de 80 livros lidos em dois anos, uma língua estrangeira aprendida por conta própria e cubo mágico montado em pouco mais de um minuto.
Essas são apenas algumas das habilidades de Lucca Volnei, de 11 anos, aluno da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Álvaro de Castro Mattos, em Jardim da Penha, Vitória.
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Autodidata, o menino aprendeu a falar inglês sozinho e atualmente estuda mandarim. Nos últimos dois anos, ele leu 80 livros, de ficções científicas e fantasias à biografia do inventor Steve Jobs.
Lucca faz parte de um programa de altas habilidades ofertado em unidades de ensino da rede municipal de Vitória. “Ele está sempre querendo aprender. É uma necessidade que ele sente”, contou a mãe, a engenheira Valeska Medina, de 43 anos.
Lucca tem explorado diversas áreas do conhecimento e tem as matérias de Matemática, Ciências e História como suas preferidas. “Gosto de cálculos, entender a história dos povos e como funciona o corpo humano”, contou o menino.
Durante o período de isolamento devido à pandemia de covid-19, a família passou mais tempo em casa e os pais perceberam que o filho era diferenciado.
O pai, o analista de sistemas Diego Padilha, de 45 anos, conta que ele e a mulher comunicaram à escola o desejo que o filho tivesse suas habilidades avaliadas. “As notas e a participação dele sempre foram acima da média”, lembrou.
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Em toda a rede municipal de ensino de Vitória, estima-se que 8% dos estudantes tenham altas habilidades ou superdotação. Eles encontram no Atendimento Educacional Especializado (AEE) uma forma de desenvolver suas potencialidades.
O processo começa ainda em sala de aula, quando o professor consegue identificar a condição do estudante. Em seguida, ele é encaminhado para uma das seis unidades de ensino que ofertam o atendimento.
Os encontros têm duração de duas horas e 45 minutos e acontecem no contraturno escolar, uma vez por semana. Ao todo, a rede municipal da capital atende 116 estudantes com este perfil.
“Quando o estudante chega, nós identificamos no que ele deseja se aprofundar, além de desenvolvermos atividades exploratórias. Cada professor trilha, junto com os estudantes, o caminho que eles querem seguir”, explicou o professor Israel Scardua, mestre em Educação, que atende 25 alunos na EMEF Álvaro de Castro Mattos.
Talento em tecnologia
Aluno da escola municipal Marechal Mascarenhas de Moraes, em Maria Ortiz, Pedro Lucas Martins Loureiro, de 12 anos, está no 7º ano do ensino fundamental e quer ser um programador quando crescer.
Ele já até desenvolveu um game no programa de altas habilidades da escola. Além da Matemática, o garoto também demonstra talento na área de Ciências.
“A minha professora passa muitos experimentos e já consigo manusear tubos de ensaio”, contou.
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