Incentivo para jovens cientistas
Ao todo, foram investidos R$ 3,3 milhões no financiamento de projetos de pesquisa nas mais diversas áreas.
Escute essa reportagem
Além de inovar e criar soluções para desafios do dia a dia, programa de iniciação científica tem aberto caminho para jovens cientistas da rede pública no Estado.
Somente no último ano, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) contratou 91 projetos para o Programa de Iniciação Científica Júnior – Pesquisador do Futuro (PIC Jr. 2023).
Os projetos selecionados no final do ano passado serão desenvolvidos neste ano por estudantes do ensino básico (da educação infantil ao ensino médio, educação profissional técnica e educação de jovens e adultos), com professores das escolas como tutores.
Ao todo, segundo o diretor técnico científico da Fapes, Celso Saibel, foram investidos R$ 3,3 milhões no financiamento de projetos de pesquisa nas mais diversas áreas.
Ele explicou que os projetos são coordenados e inscritos por pesquisadores de instituições, como a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), além de outras instituições que têm pesquisa e inovação.
“Os projetos selecionados são, prioritariamente, aqueles desenvolvidos em escolas públicas localizadas em bairros atendidos pelo Programa Estado Presente, do governo do Estado”.
Saibel ainda revelou que os projetos selecionados ficam sob a coordenação de pesquisadores de instituições de ensino, como a Ufes, Ifes ou instituição de pesquisa capixabas e faculdades particulares.
Em cada projeto contratado pela Fapes, há alunos bolsistas que recebem mensalmente valores para realizar as pesquisas. No final do ano, os resultados são apresentados. “Nesses 91 projetos selecionados para este ano, por exemplo, temos entre alunos, professores e coordenadores, cerca de 600 bolsistas”.
Para Celso, o programa dá oportunidades aos estudantes e amplia as perspectivas dos mesmos, reduzindo desigualdades. “Investir na iniciação científica é essencial para a educação. Temos vários casos de projetos premiados”.
O investimento liberado pela Fapes é oriundo do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (Funcitec).
BIODIESEL
Sustentável
O óleo de cozinha já usado em frituras, muitas vezes descartado de forma errada no ambiente, foi transformado em biodiesel por alunos da escola estadual Professor Agenor Roris, de Vila Velha.
Eles participaram, no ano passado, do projeto “Produção de biodiesel utilizando óleo de fritura”, coordenado pelo doutor em Engenharia Ambiental e pesquisador da Faesa Gilberto Maia de Brito e financiado pela Fapes.
O projeto teve envolvimento da comunidade para recolhimento de óleo e utilização do laboratório da Faesa.
Entre os alunos que participaram está Arthur Rocha Garcia, 18. “Foi uma experiência única, pois além da Química, envolvia questões que agregaram experiência para a minha vida, como sustentabilidade, comunicação, resolução de problemas”.
Comentários