O que a educação fez por mim: Claudeci Pereira e Aldo José Barroca
Presidente do Corecon-ES e professor aposentado fazem relatos
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Graduação, mestrado e doutorado
“Minha vida escolar se iniciou em Guarapari, na escola Presidente Costa e Silva, no bairro Aeroporto. Estudei lá da pré-escola até o final do ensino médio.
Era uma escola que não tinha grande estrutura. Como não tinha quadra de esporte, na época, a Educação Física era jogando bola na rua ou no terreno ao lado. Mas, apesar disso, o ensino era de boa qualidade.
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Depois eu entrei num cursinho de pré-vestibular, onde estudei por um ano para tentar o vestibular da Ufes. Na época, era muito difícil, pois eram poucas faculdades no Estado.
Minha família não tinha muitos recursos para enviar os filhos para estudar fora. Meu pai era pescador e minha mãe sempre foi dona de casa. Então, o único jeito era passar em uma faculdade pública.
Na época, quando passei para Economia, eu conciliava essa vida de curso superior, indo de Guarapari para Vitória todo dia. Acordava às 5h30 para chegar na aula às 7 horas. Depois eu retornava para Guarapari, para poder trabalhar até 21h20.
Terminei a graduação e entrei no mestrado em 2007. Em 2020, também terminei o doutorado em Geografia. Nesse meio tempo, passei no concurso do Bandes, onde até hoje sigo como economista de carreira.”
Claudeci Pereira Neto, presidente do Conselho Regional de Economia do Estado
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Meninos e meninas estudavam separados
“Fiz o curso primário no antigo Grupo Escolar Auxiliar da Obra Social São José, em Santo Antônio, Vitória. O transporte coletivo, na época, era feito pelos bondes.
Além disso, meninos e meninas estudavam em turmas separadas. A professora gostava muito de mim, pois era um aluno comportado, atencioso e estudioso.
Iniciei o ginasial no Salesiano, do Forte São João, e terminei no Colégio Americano, no Parque Moscoso. Lembro-me bem dos professores e colegas com quem estudei durante todos os anos.
Depois fiz o Magistério e comecei a dar aulas, mas continuei estudando. Fiz uma pós-graduação em Didática. Em seguida, cursei Administração, na Faesa, onde me formei em 1983. Até hoje, nossa turma se encontra todos os anos.
Aposentado das salas de aula, hoje dedico meu tempo à escrita. Tenho cinco livros publicados, entre poesias e crônicas. Também tenho outros cinco livros já escritos, para lançar.
Relembrando tudo o que a educação fez por mim, fiz até uma trova:
Ah! Saudade do colégio.
Jamais sai de minha mente
Professores e colegas.
Recordação para sempre!”
Aldo José Barroca, 80 anos, professor aposentado, escritor e assinante de A Tribuna.
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