“Precisamos deixar as crianças serem crianças”, alerta pedagoga
Regina Shudo destacou a necessidade de reduzir o tempo de tela e incentivar convivências que promovam desenvolvimento emocional e humano
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Em meio a discussões sobre a adultização infantil nas redes sociais, a pedagoga e palestrante Regina Shudo destacou a necessidade de reduzir o tempo de tela e incentivar convivências que promovam desenvolvimento emocional e humano. “Precisamos deixar as crianças serem crianças”.
Durante sua palestra, que teve como tema “Qual o papel da escola dentro de uma sociedade transformadora”, Regina destacou a necessidade da escola também exercer um papel transformador.
“Me parece que estamos tão conectados que estamos esquecendo de fazer conexão humana. É tanto tempo dessas crianças nas telas, nos jogos on-line, que não estamos percebendo onde é que o lobo mau está se escondendo, e é dentro da internet”.
Ela destacou os perigos que rondam as crianças nesse meio, inclusive em jogos como o Roblox, muito popular entre as crianças. “Temos de pensar na sociedade que queremos, que é uma sociedade sem tanta violência, sem feminicídio, sem violência contra a criança, com diminuição da violência sexual. Esses são conteúdos que vão além dos conteúdos escolares, mas que a escola vai ter de acolher”.
Ela ainda defendeu o “desemparedamento” da educação. “As crianças estão ficando muito tempo trancadas em seu quarto e, às vezes, os pais acham que estão em um ambiente seguro. O problema é que dentro de jogos virtuais, consumido por crianças de 8 a 12 anos, há uma certa perversidade transformando essas crianças em adultos, sexualizando precocemente”.
Nesse cenário, segundo Regina, cabe à escola trazer de volta desafios, como esses jogos trazem. “Precisamos resgatar as antigas gincanas, olimpíadas. Temos de dedicar mais tempo à arte, cultura, música e plasticidade, trazendo para as escolas mais o brincar. Isso é desemparedar essas crianças”.
Ela reforçou a importância das escolas terem mais espaços de área verde. “Eles acalmam e deixam essa geração menos ansiosa”.
Além de Regina Shudo, os participantes do 13º Congresso Educacional das Escolas Particulares do Espírito Santo participaram de palestra com a professora e escritora Bruna Cassaro, que teve como tema “Criando uma cultura aberta à inovação”.
A professora e palestrante Carolina Campos fechou o primeiro dia do congresso com a palestra cujo tema foi “A escola do futuro é humana”.
O que elas dizem



CENAS DO EVENTO

Ampliando a cada ano sua presença em grandes escolas, a International School – do Grupo Arco — é uma solução bilíngue que atende alunos de 1 ano até a 3º série do ensino médio.
A gerente de consultoria educacional da International School, Camila Batista, explicou que são oferecidos desde materiais pedagógicos adaptados à realidade brasileira, até formação de professores e acompanhamento próximo das famílias. “Também oferecemos eventos escolares e experiências internacionais. Um dos destaques é a parceria com o Kennedy Space Center, na Flórida, que possibilita aos estudantes vivências imersivas no universo da exploração espacial”.

Que tal transformar a sala de aula em um centro de inovação? Isso é possível, segundo Carolina Krelling, consultora pedagógica da Autolabor, com o Laboratório Móvel Maker.
Equipado com dispositivos e ferramentas para complementar as necessidades de uma sala de aula, incluindo painel multimídia, conjunto de robótica, impressora 3D, cortador a laser, entre outros itens, o laboratório promete explorar a imaginação.
“Incentivamos a experimentação, a resolução de problemas e a inovação, preparando os alunos para os desafios do futuro”, disse Carolina.

Com atuação no segmento de educação tecnológica, a Zoom Education é uma das empresas expositoras do evento. Os consultores comerciais da empresa, Carolina Frota e Matheus Magnani, e o orientador pedagógico Áquila Querino apresentaram ferramentas inovadoras.
Em uma delas, estudantes do Ensino Fundamental II têm acesso a uma trilha de aprofundamento em IA, que vai além do uso das ferramentas: busca-se ensinar a lógica por trás da programação, desenvolver o pensamento crítico e incentivar a criação de soluções reais.

No intervalo de uma palestra e visita aos expositores, a diretora pedagógica da Escola Viver, Cândida Pereira, aproveitou para fazer fotos no espaço da Rede Tribuna.
Ela também fez questão de elogiar o Congresso Educacional das Escolas Particulares e o conhecimento compartilhado pelos palestrantes.
“É um momento de ampliar conhecimentos, de reencontros e conexões com os expositores que aqui estão, com novos parceiros. A gente ama prestigiar esse evento. O papel da Rede Tribuna, uma rede de credibilidade, de propagar a informação, também é muito importante”.
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