ESX 2025: “A IA é cada vez mais uma aliada dos médicos”, diz especialista
O diretor de inovação da MedSênior, Marcus Vinícius Leitão, destacou que a ferramenta não vai substituir o papel do médico
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O uso da inteligência artificial (IA) tem ganhado cada vez mais espaço na medicina e já começa a transformar a relação entre médicos, pacientes e tecnologia. O tema foi um dos debatidos ontem, no primeiro dia do ESX 2025.
Durante o painel – com o tema “A Saúde Conectada: A IA transformando a jornada do paciente” –, o diretor de inovação da MedSênior, Marcus Vinícius Leitão, destacou que a ferramenta não vai substituir o papel do médico.
“A IA tem de ser aliada dos médicos para que a gente possa gastar o nosso tempo com o que precisamos, que é cuidar do paciente”.
Ele disse que a MedSênior conta hoje com uma equipe de mais de 100 profissionais que atuam em soluções inovadoras na área.
Um dos exemplos é a “Dona Lurdes”, assistente virtual desenvolvida para atender os beneficiários via WhatsApp. A ferramenta responde dúvidas sobre medicamentos, agendamentos, boletos e até orientações sobre o que fazer em situações simples do dia a dia.
Letras grandes, botões fáceis de apertar e linguagem acessível foram desenhados a partir do olhar de quem usa o serviço. “Não adianta ter a melhor tecnologia se o paciente não consegue usar”.
A IA também está presente na retaguarda da empresa. Segundo Leitão, mais de 20 robôs (softwares automatizados) operam no sistema da MedSênior, realizando tarefas como organização e cruzamento de dados.

Outra inovação – em fase de testes – é a transcrição automática das consultas. A conversa entre médico e paciente é gravada e transformada em prontuário eletrônico, poupando o profissional de anotar os detalhe. “Isso resgata o olho no olho, a escuta”.
Já no campo dos diagnósticos, a IA também tem feito a diferença. A Neomed, empresa liderada pelo médico capixaba Gustavo Kuster, criou uma plataforma capaz de analisar exames cardiológicos em poucos segundos.
“Nosso algoritmo faz uma primeira leitura do eletrocardiograma em cerca de sete segundos. O médico analisa em seguida e fecha o laudo final em dois minutos”.
Nascida no Estado, a empresa hoje está presente em mais de 1.300 instituições de saúde em todo Brasil, além de México e Chile.
Para ajudar nos diagnósticos, a Neomed usa inteligência artificial treinada com uma base de mais de 3 milhões de exames. “A ideia nunca foi substituir o olhar clínico, mas acelerar e dar mais precisão aos diagnósticos”.
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