Violinista do Espírito Santo em intercâmbio na Alemanha
Danyel Ignacio, de 24 anos, integrante da Orquestra Camerata Sesi Espírito Santo, foi um dos três músicos brasileiros escolhidos
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O jovem violinista Danyel Ignacio, de 24 anos, integrante da Orquestra Camerata Sesi Espírito Santo, foi selecionado para participar da 68ª edição da Academia Internacional de Verão de Pommersfelden, na Alemanha, um dos mais prestigiados encontros de jovens músicos do mundo.
Danyel é um dos três músicos brasileiros selecionados para participar da edição, que recebe uma centena de selecionados de diferentes países do mundo.
O curso ocorre entre os dias 12 de julho e 11 de agosto, no histórico Castelo Weissenstein, considerado uma obra-prima da arquitetura barroca.
O violinista, que é natural de Embu das Artes (São Paulo), chegou ao Espírito Santo há poucos meses, após ser aprovado na Camerata.
“Entrei na orquestra há três meses. Agora surge essa chance de viver um mês de imersão, aprendendo com músicos de vários países e trazendo essa bagagem para compartilhar com meus colegas aqui”, afirma.
No festival acontecem aulas intensivas, ensaios e apresentações com renomados professores e maestros. Isaac Gonçalves, maestro da Orquestra Camerata Sesi, conta que recebeu a notícia com entusiasmo.
“É um jovem que acabou de entrar na orquestra e já alcança essa oportunidade rara. Isso eleva o nível do grupo e a exigência que tenho com todos”, destaca.
Danyel Ignacio violinista“Vou voltar com mais bagagem”
A Tribuna Como foi receber a notícia de que foi selecionado?
Danyel Ignacio Fiquei muito feliz! Eu fiz a inscrição no começo do ano para esse festival de música em Pommersfelden, na Alemanha.
E como foi essa inscrição para o festival na Alemanha?
Recebi a dica por meio de uma orquestra que participei em São Paulo. Eles avisaram que teria uma seleção e que a gente podia tentar. Mandei os vídeos que eles pedem no edital, tocando concertos e excertos sinfônicos, que são trechos bem difíceis.
Depois disso até achei que não tinha dado certo... E aí veio o e-mail da aprovação! Foram mais de 30 inscritos no Brasil e só três passaram, eu e mais dois músicos de Porto Alegre.
Na época, eu ainda não tinha entrado para a Orquestra Camerata do Sesi Espírito Santo.
Você está na Camerata agora. Vai voltar para a orquestra depois do intercâmbio?
Sim, com certeza! Vou voltar com mais bagagem, mais experiência. Entrei na Camerata há três meses. Vai ser muito bom poder compartilhar o que eu aprender lá com os colegas daqui.
E como é a programação lá na Alemanha?
É um mix de estudo, emoções e vivências. Vai ter uma orquestra formada só pelos participantes, com jovens do mundo todo. A gente vai ter aulas com professores renomados, ensaios de música de câmara, apresentações. E também essa troca cultural com músicos de várias partes do planeta. É uma experiência muito rica.
Você começou cedo na música, né?
Sim! Eu sou natural de Embu das Artes, em São Paulo. Comecei com seis anos, na igreja. Já comecei direto no violino. Desde pequeno eu gostava de música clássica. Assistia orquestras na TV e já dizia que queria ser músico. Comecei tocando hinos da igreja, e depois fui buscando aulas fora para me aprofundar mais.
E antes da Camerata, por onde você passou?
Minha primeira orquestra foi a Sinfônica de Heliópolis, no Instituto Baccarelli, em São Paulo. Fiquei lá uns quatro anos. Depois, fui aprovado na Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, onde a gente se apresentava na Sala São Paulo todo mês. E agora tive essa chance de vir para o Espírito Santo, fiz a prova e entrei na Camerata Sesi.
Você comentou que até ganhou uma bolsa nos Estados Unidos.
Sim, ganhei uma bolsa para estudar performance em violino na Universidade do Sul do Mississippi. São essas oportunidades que vão se somando e ajudando a construir a nossa trajetória, né? Cada passo é um tijolinho.
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