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Saúde

Vendas de injeções para perder peso batem recorde

Destinado a pacientes com diabetes, mas também usado como emagrecedor, canetas de aplicação estão cada vez mais populares


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Imagem ilustrativa da imagem Vendas de injeções para perder peso batem recorde
Andréa Hodo Bermudes tem conseguido perder peso e melhorar a sua saúde com ajuda do medicamento |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Aos 56 anos, a empresária Andréa Hodo Bermudes tem conseguido perder peso e melhorar a sua saúde com ajuda de um medicamento cada vez mais popular: o Ozempic (semaglutida).

Destinado a pacientes com diabetes – mas usado off label (fora da bula) como emagrecedor – a medicação tem batido recorde de procura em farmácias, ao lado de outras canetas a base de outra substância, a liraglutida.

No caso de Andréa, que soma uma alimentação balanceada com o uso da medicação há mais de dois meses, os resultados foram oito quilos a menos. “Tenho me sentido melhor, e não tive efeitos colaterais”, afirma.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado (Sincofaes), Daniel Marchiori, destacou o crescimento da procura por essas medicações nos últimos meses, chegando a bater recorde.

“Farmácias locais, menores, têm dificuldade de conseguir com fornecedores essas medicações, já que a procura tem sido grande”.

A diretora comercial da Farmácia Mônica, Thamires Silva, ressaltou que, por mês, são vendidas em média 500 unidades na rede.

“Esse crescimento na procura dessas canetas foi iniciado há dois anos. Hoje, temos dificuldade de encontrar no mercado, já que a indústria não consegue produzir.”

A dificuldade e o preço ainda alto, segundo ela, leva alguns pacientes a optarem por outras medicações orais ou ainda manipuladas com efeito emagrecedor. “Existe uma expectativa para chegada de medicações genéricas”.

O farmacêutico e membro do grupo técnico de farmácia do Conselho Regional de Farmácia do Estado (CRF-ES), Silvio Louzada, também pontuou o crescimento da busca por essas medicações.

“O Ozempic ainda é a mais procurada hoje, principalmente por ter uma maior divulgação em internet e redes sociais. Muitas pessoas ainda procuram sem a receita”, revelou.

Efeitos colaterais vão de queda de cabelo a “cabeção”

Apesar dos muitos benefícios que as injeções emagrecedoras podem trazer, seu uso sem o devido acompanhamento médico pode causar efeitos colaterais que vão desde de queda de cabelo até “cabeça desproporcional” em relação ao restante do corpo.

“Há efeitos que são diretamente relacionado ao remédio, que são náuseas, vômitos, flatulência, diarreia e podem acontecer ao longo do uso. Por isso é importante ter o acompanhamento médico, porque assim conseguimos manejar a dose, ver o grau em que esses efeitos ocorrem e tentarmos minimizá-los”, destaca a endocrinologista Camila Salim.

Nos casos de efeitos como a flacidez facial e até perda de gordura nos seios e bumbum, Camila ressalta que com o acompanhamento médico, há prescrição de dieta e hidratação adequada, o que minimiza esses efeitos, além do ajuste de dose que pode ser realizado.

O mau uso sem a orientação médica devida pode levar a perda da eficácia do medicamento, alerta a endocrinologista Lusanere Cruz. “Muitas vezes a pessoa não usa a dose indicada para ela, além do risco de hipoglicemia”.

Algumas medicações

Ozempic

Substância: Semaglutida.

Já disponível nas farmácias, com valo médio de R$ 1 mil. É destinado para diabetes tipo 2. Uso para perda de peso é considerado off label (fora da bula).

Wegovy

Substância: Semaglutida

foi aprovado pela Anvisa, com previsão de chegar ao País no segundo semestre. É destinado para tratamento de obesidade ou sobrepeso.

Saxenda

Substância: Liraglutida.

Já está disponível nas farmácias, destinado para tratamento de obesidade ou sobrepeso.

Zepbound

Substância: Tirzepatida.

Foi aprovada nos EUA e está em análise na Anvisa. Destinado para tratamento de obesidade ou sobrepeso com, pelo menos, uma comorbidade relacionada ao peso.

Mounjaro

Substância: Tirzepatida.

Foi Aprovado pela Anvisa para maiores de 18 anos no ano passado, mas ainda não está disponível nas farmácias. A previsão é que chegue no segundo semestre deste ano.

A aprovação no País é para diabetes tipo 2. Uso para perda de peso é considerado off label (fora da bula).

Fonte: especialistas consultados e pesquisa A Tribuna.


O que os especialistas dizem

Alta procura

“O mercado não estava preparado porque não havia consciência do tamanho do problema que é a obesidade. Mesmo em países com a venda controlada houve desabastecimento. Por anos não tínhamos medicações seguras”.

- Lusanere Cruz, endocrinologista

Controle

“A obesidade não tem cura, mas tem controle. Com o conhecimento de que a doença traz encurtamento de sobrevida, comorbidades, queda na qualidade de vida, entre outras doenças atreladas, as pessoas buscam emagrecer. A abordagem tem de ser multifatorial, com dieta, exercícios e, muitas vezes, medicações”.

- Roger Bongestab, cirurgião e nutrólogo

Eficiência

“Esses medicamentos são eficientes e foram submetidos a estudos controlados e direcionados para tratamento de diabetes e obesidade. Tratamentos avançaram muito por causa desses remédios. O problema é o uso sem prescrição e acompanhamento médico”.

- Camila Salim, endocrinologista

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