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Saúde

Idoso ativo tem maior volume cerebral, revela estudo

Prática de atividades físicas auxilia saúde cognitiva


Imagem ilustrativa da imagem Idoso ativo tem maior volume cerebral, revela estudo
José Rogério Bonella, de 66 anos, treina regularmente com a profissional de Educação Física Suelen Dalmaso |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

O envelhecimento provoca a redução do volume cerebral, o que afeta as funções cognitivas. Um estudo, porém, revelou uma prática diária que retarda o envelhecimento cerebral: idosos fisicamente ativos têm maior volume cerebral, ou seja, mais saúde cognitiva, do que os sedentários.

LEIA TAMBÉM: Ciência desvenda mistério da memória que não envelhece

A pesquisa, feita pela Universidade de São Paulo (USP), comparou os cérebros de idosos fisicamente ativos e inativos e constatou que aqueles que fazem, ao menos, 150 minutos de atividade física por semana possuem maior volume cerebral em 48 áreas e estruturas.

O professor Danilo Sales Bocalini, do Laboratório de Fisiologia do Centro de Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), analisa que a prática regular de exercícios físicos melhora parâmetros biológicos, psicológicos e comportamentais.

“Especificamente para o cérebro, um dos possíveis mecanismos que favorecem a manutenção do volume, bem como a capacidade cognitiva de idosos fisicamente ativos, está relacionado ao aumenta do fluxo sanguíneo, que estimula o crescimento de novas células cerebrais, resultando em cérebros mais eficazes, eficientes e adaptáveis”.

O geriatra Gustavo Genelhu analisa que a atividade física libera uma substância chamada irisina, que protege o cérebro da perda de memória ao longo do envelhecimento.

“A atividade física é um grande remédio, que deve ter prescrição médica, principalmente quando é bem orientada, individualizada, e de preferência com exercícios de musculação, que são mais indicados não só pelas questões da memória, mas porque melhoram diversos aspectos da saúde do idoso”.

A presidente da Sociedade de Geriatria e Gerontologia do Espírito Santo, Daniela Barbieri, reforça o papel dos exercícios para a memória.

“Sedentarismo é o principal mal a ser evitado ao longo de toda a vida. Além de melhorar a saúde como um todo, ao combatê-lo, há efeitos positivos contra a insônia, a depressão e a saúde cerebral”.

Sedentarismo é uma palavra que o funcionário público José Rogério Bonella, de 66 anos, desconhece. Com apoio da profissional de Educação Física Suelen Dalmaso, do CrossFit Citius, em Vila Velha, o idoso treina regularmente.

“Me sinto mais confiante, com bom humor, menos estresse e mais bem-estar. Os exercícios são ótimos para a memória e, além disso, são um ‘antidepressivo natural’. Estou me cuidando para viver o melhor da terceira idade ”, ressaltou.

Hábitos para prevenir Alzheimer

Não é novidade que o combo exercícios físicos regulares, alimentação adequada, boas noites de sono e relações sociais é o segredo para o envelhecimento ativo e saudável. De acordo com especialistas, tais hábitos podem, até mesmo, prevenir o Alzheimer e a demência.

A geriatra e presidente da Sociedade de Geriatria e Gerontologia do Espírito Santo, Daniela Barbieri, reitera que é importante lembrar que o cérebro faz parte de um todo que se chama corpo humano.

“Quando cuidamos da saúde, com bom controle da glicose e da pressão, mantendo um bom padrão de sono, evitando cigarro e excesso de álcool, tendo uma alimentação de alto teor nutricional e diversificada e, principalmente, com exercícios físicos regulares, diminuímos o risco de doença cerebrovascular e de doença de Alzheimer”.

A pesquisadora americana Emily Rogalski, professora de neurologia da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, busca entender agora quais características dos superidosos poderiam ser adquiridas por meio de hábitos cotidianos como forma de prevenção a doenças.

“Podemos antecipar que os fatores que iremos encontrar serão relevantes para ajudar as pessoas a maximizar o tempo de vida saudável e evitar o Alzheimer e outras demências relacionadas”

Benefícios dos exercícios físicos

- Atividades previnem doenças crônicas como diabetes e hipertensão

Manutenção do Volume cerebral

Idosos fisicamente ativos têm maior volume cerebral, ou seja, mais saúde cognitiva, do que os sedentários. Das 71 áreas cerebrais analisadas, em um estudo da Universidade de São Paulo (USP), houve diferença significativa no volume em 48 áreas entre os que acumularam tempo igual ou maior que 150 minutos de atividade física.

No lobo frontal, região em que ocorre a elaboração do pensamento, a diferença de volume chegou aos 8%.

Menor dependência

Praticar atividade física em idades mais avançadas pode melhorar as habilidades de socialização, aumentar a energia, a disposição e, principalmente, a autonomia.

Com isso, além de aprimorar a memória e outras funções cognitivas, os idosos têm um aumento no tempo de vida saudável, sem necessariamente depender de um cuidador. Além disso, os exercícios físicos previnem doenças crônicas como diabetes, obesidade e hipertensão.

Saúde mental

A atividade física tem influência direta na saúde mental. A prática regular ajuda a elevar a produção de neurotransmissores como serotonina, dopamina e noradrenalina, todos associados ao bem-estar. Por isso, idosos fisicamente ativos tendem a ter melhor saúde mental.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana para todos os adultos, incluindo os idosos.

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