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Saúde

Mais de 300 mil no ES já usam remédio para aumentar concentração

O aumento do consumo tem causado um desabastecimento de medicamentos nas farmácias de todo o País


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Imagem ilustrativa da imagem Mais de 300 mil no ES já usam remédio para aumentar concentração
O fotógrafo Gustavo Nicchio Zamprogne, de 38 anos |  Foto: Acervo Pessoal

Com o objetivo de alcançar melhores resultados em concentração e foco, cada vez mais pessoas têm utilizado medicamentos psicoestimulantes, como Ritalina e Venvanse, que são os mais conhecidos.

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O aumento do consumo tem causado um desabastecimento nas farmácias de todo o País. No Espírito, pelo menos 300 mil pessoas fazem uso desse tipo de medicamento. Esse é o número de pacientes, segundo médicos, que tem diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), cerca de 8% da população. 

No entanto, os especialistas acreditam que esse número pode ser ainda maior, já que muitas pessoas utilizam o medicamento sem a devida prescrição médica. 

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2021 foram vendidas 2,7 milhões de caixas de cloridrato de metilfenidato no Brasil, sendo a mais conhecida a Ritalina. Aumento de 13% em relação ao ano de 2020.

O neurologista geral Luiz Felipe Lucrecio, da Rede Meridional, destaca que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma das principais indicações do uso dos medicamentos psicoestimulantes.

O Brasil é o segundo maior consumidor de Ritalina no mundo, segundo o Instituto de Defesa dos Usuários de Medicamentos. O número de usuários de psicoestimulantes tem aumentado exponencialmente nos últimos anos, como destaca a neurologista Soo Yang Lee. 

“Em parte porque o diagnóstico tem aumentado e reconhecemos que uma parte desse quantitativo está sendo superdiagnosticado, ou seja, eventualmente fica mais fácil dizer que tem TDAH e usar  o medicamento do que tentar desenvolver estratégias”.  

Mas, além do uso no tratamento do TDAH, o medicamento também tem sido usado indiscriminadamente, como alerta o psiquiatra Valdir Campos.

“Com a globalização e o aumento da competitividade, observamos que os concurseiros têm usado esses medicamentos sem prescrição médica para melhorar a concentração e o rendimento nos estudos almejando aprovação em concursos de um modo geral. O que é um risco”.

ATENÇÃO

Tratamento

O fotógrafo Gustavo Nicchio Zamprogne (foto), 38, contou que faz tratamento com remédio para melhorar a concentração e a atenção. Ele disse que toma, geralmente, quando tem algum evento. Ele contou que sempre foi desatento, desde criança, e sempre teve dificuldades na escola.  

“Mas só descobri que era TDA depois de adulto. Saía de casa e deixava a porta aberta, tinha que perguntar várias vezes a mesma coisa. Isso tem afetado muita gente também ”, refletiu.

MEDICAMENTO PARA ESTUDAR

Prescrição médica

A advogada Thaysse Hamdan, 39, contou que precisou recorrer ao remédio para se concentrar e estudar para um concurso. Ela explicou que usou por pouco tempo e com prescrição médica.

“Foram dois meses e o medicamento faz muita diferença na concentração e no foco. Otimiza muito o tempo, melhora o aproveitamento das horas de estudo. Fui ao médico com queixa de falta de atenção, pois precisava me  concentrar e diminuir a sonolência à tarde. O problema foi o efeito colateral. O remédio desregulou meu sono, fiquei com insônia”, ressaltou.

Imagem ilustrativa da imagem Mais de 300 mil no ES já usam remédio para aumentar concentração
Especial de Cidades Remédio para melhorar concentração já é usado por 200 mil no Estado Na foto: Advogada, Thaysse Hamdan, 39. |  Foto: Fábio Nunes/AT

FIQUE POR DENTRO

Medicamentos 

- De acordo com os médicos, os remédios mais indicados para o tratamento de déficit de atenção são os  chamados de psicoestimulantes, como, por exemplo, as fórmulas de metilfenidato, com diferentes nomes comerciais e genéricos, e lisdexanfetamina.

- Eles atuam aumentando a disponibilidade de dopamina e noradrenalina, melhorando os sintomas do transtorno. Os psicoestimulantes são derivados das anfetaminas, que têm indicação terapêutica, e são prescritos por um médico. 

- Além do déficit de Atenção, também pode ser indicado pelos médicos para o tratamento da  obesidade mórbida e narcolepsia (sonolência excessiva durante o dia). 

- Eles atuam corrigindo alterações dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina em determinadas áreas cerebrais (corticais e subcorticais), facilitando as funções executivas, como poder de abstração, noção espaço-temporal, capacidade de planejamento, organização e iniciativa.

Metilfenidato

- É um dos estimulantes mais usados no mundo. É indicado para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e narcolepsia. 

- Serve para melhorar a atenção e a concentração, facilitar a memória e o aprendizado e deixar mais alerta. Pode causar insônia, perda de apetite, pressão alta, arritmia e problemas cardiovasculares, até morte súbita.

Lisdexanfetamina

- É utilizado no tratamento do TDAH, ajudando no aumento da concentração, hiperfoco e velocidade de execução. Pode causar dor de cabeça, taquicardia, palpitações, variações de humor e dependência.

- Em 2020, foram vendidas 257.562 caixas do medicamento no Brasil.  

Modafinila

- É indicado para narcolepsia e sonolência diurna por apneia do sono. Ajuda a aumentar atenção, concentração, memória verbal e numérica. Se não indicado corretamente, pode causar tontura, perda de sono e de apetite, pressão alta e problemas cardiovasculares e até morte súbita.

Piracetam

- Faz parte dos racetams, utilizados no tratamento de doenças neurológicas, como a epilepsia. Melhora a atenção, memória de longo prazo e facilidade de aprendizado. Pode causar insônia, ganho de peso e problemas de saúde.

Fonte: Anvisa, especialistas consultados e pesquisa A Tribuna.

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