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Cidades

Especialistas afirmam que diagnóstico de transtornos é o maior desafio


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Apesar de seus sintomas expressivos, diagnosticar o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) tem sido o maior desafio para médicos e especialistas no assunto.

Isso acontece porque não há exames que detectam a condição neuropsiquiátrica e os sintomas podem ser confundidos com outros problemas de saúde mental.

“O grande desafio atual é o desenvolvimento de métodos objetivos de diagnóstico, já que, hoje, ele é baseado no relato do paciente, dos responsáveis e da escola”, explica a psiquiatra Janine Moscon.

Ela pontua que o diagnóstico em adultos costuma ser mais difícil, por ser menor o nível de hiperatividade.

A pós-doutora em Psicologia Daniela Dadalto Missawa, pesquisadora em diagnósticos de TDAH, salienta que, hoje, quem fecha o diagnóstico do transtorno é o médico – psiquiatra ou neurologista –, mas a avaliação é feita por vários profissionais.

Imagem ilustrativa da imagem Especialistas afirmam que diagnóstico de transtornos é o maior desafio
O diagnóstico de TDAH nos dois filhos foi um susto para o casal Cezarina Ramos e Geraldo Antônio Ramos. Mas, com o acompanhamento médico, os irmãos Milena Ramos, 21 anos, e Jherod Ramos, 12, conseguiram melhorar o desempenho |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

“É um processo complexo porque os sintomas podem aparecer por vários motivos, como algum problema emocional, ansiedade. Então, esse processo diagnóstico precisa ser feito de uma forma multidisciplinar, com a avaliação do médico, do neuropsicólogo, porque existem outros fatores que precisam ser avaliados, tanto cognitivos quanto afetivos”, diz.

O desafio, segundo Daniela, é que esse é um diagnóstico demorado. “Precisa ser feito com muita cautela. Na avaliação neuropsicológica, temos de entender se os sintomas são do TDAH ou de algum outro transtorno, ou se não são apenas transitórios. É difícil, mas é importante para nortear planos de intervenção e tratamento. Não é uma receita, e precisa ser reavaliado constantemente”.

O neurologista pediátrico Thiago Gusmão alerta que o Brasil é o segundo país do mundo no consumo de neuroestimulantes, ou seja, medicação para TDAH.

“Só perde para os Estados Unidos no consumo de metilfenidato (Ritalina). Esse tipo de medicamento ajuda a melhorar funções como memorização, atenção e foco. Mas, a terapia medicamentosa não é o único tratamento para o TDAH. É necessário ter uma equipe multidisciplinar, escola e família”, frisa o neuropediatra.

Não há cura para o transtorno, como destaca o psiquiatra Fábio Olmo. “A terapia cognitivo-comportamental e a psicoeducação são muito utilizadas para o tratamento do TDAH em todas as idades, visando aumentar a capacidade de organização dessas pessoas e ajudar a diminuir sentimentos de desvalia, decorrentes dos prejuízos causados pelo transtorno”.

O que é TDAH?

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um problema neurobiológico, que tem início na infância e pode persistir na fase adulta, comprometendo a vida da pessoa em vários setores, como no trabalho e em relacionamentos.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – 5ª edição (DSM 5, na sigla em inglês), da Associação Americana de Psiquiatria, está incluído entre os transtornos do neurodesenvolvimento.

O que acontece?

As partes frontais do cérebro são responsáveis por funções como atenção, atividade psicomotora e controle de impulsos. Pessoas com TDAH têm um atraso no amadurecimento dessa região e apresentam desatenção, hiperatividade e impulsividade.

Pode se apresentar de três formas: predominantemente desatenta; predominantemente hiperativa-impulsiva; e de forma combinada, com sintomas de desatenção e hiperatividade.

Critérios de diagnóstico

Não existe um exame específico para diagnóstico. Ele se baseia em critérios clínicos (sinais e sintomas) observados pelo médico e relatado por pais, familiares, professores ou pela própria pessoa.

Além disso, tem de observar se há sintomas antes dos 12 anos e se tem ocorrência de, no mínimo, 6 meses. Precisa se apresentar em mais de um ambiente em que a criança frequenta; e causar prejuízo no rendimento escolar ou no trabalho.

Irmãos melhoram desempenho

O diagnóstico de TDAH nos dois filhos foi um susto para o casal Cezarina Ramos e Geraldo Antônio Ramos. Mas, com o acompanhamento médico, os irmãos Milena Ramos, 21 anos, e Jherod Ramos, 12, conseguiram melhorar o desempenho.

“Percebemos os primeiros sinais no mais novo. Depois, notei que era um comportamento que minha filha mais velha tinha também. Com o tratamento, meu filho está no 7° ano, e minha filha, fazendo Medicina”, conta a mãe.

Imagem ilustrativa da imagem Especialistas afirmam que diagnóstico de transtornos é o maior desafio
Saiba mais |  Foto: Reprodução/ A Tribuna
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Saiba mais |  Foto: Reprodução/ A Tribuna

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