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Saúde e bem-estar

Especialistas alertam para novo transtorno provocado pelas redes sociais

Com o fenômeno do “medo de estar de fora”, pessoas sentem a necessidade de estarem conectadas e ficam mais ansiosas


Imagem ilustrativa da imagem Especialistas alertam para novo transtorno provocado pelas redes sociais
A psiquiatra Francislainy Dal’Col afirmou que psicoterapia e meditação são tratamentos contra síndrome |  Foto: Fábio Nunes / AT

Quem nunca caiu na tentação de publicar a foto de um cafezinho bonito, antes de degustá-lo? Ou de uma flor, um look antes de sair de casa?

Mas e quando, a todo o momento, surge a necessidade de conferir se há curtidas nas publicações de suas redes sociais, ou novidades sobre a vida dos famosos? É quando especialistas alertam para um fenômeno que tem afetado a saúde mental chamado FoMO.

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É uma sigla da expressão “fear of missing out” que significa o “medo de perder” experiências ou eventos importantes que outras pessoas estão vivenciando, como explica a médica psiquiatra Francislainy Dal’Col.

“Esse fenômeno é frequentemente associado ao uso de redes sociais, onde as pessoas veem as atividades e conquistas dos outros e podem sentir ansiedade ou insatisfação por não estarem participando das mesmas experiências.”

O psiquiatra José Luis Leal de Oliveira destaca que o FoMO tem se tornado cada vez mais evidente no contexto das redes sociais, em que algumas pessoas sentem a necessidade de estarem conectadas e temendo “estar de fora”, perdendo algo importante, causando um impulso, uma compulsão de o tempo todo checar e responder ou acompanhar o que está acontecendo nas redes sociais.

“Pode em algumas pessoas ocasionar a Síndrome do Toque Fantasma, que é quando a pessoa sente seu celular vibrar mesmo sem notificações ou escutar o som de uma ligação, sem nada acontecer, muito comum por causa do uso excessivo de dispositivos móveis”.

O psiquiatra afirma que a diferença mais importante entre a simples curiosidade com as redes sociais e o sinal de alerta é quando causa prejuízos como sofrimento psíquico, insônia, isolamento social, esgotamento e abandono do autocuidado ou outras atividades que antes eram valiosas.

O psiquiatra João Paulo Cirqueira destaca que o FoMO demonstra um papel considerável no uso da internet. “O aspecto cognitivo do 'medo de perder' se manifesta por ruminações negativas, como verificar e atualizar frequentemente as redes sociais para alertas e notificações. Isso posteriormente aumenta os níveis de ansiedade para acompanhar o tema com a expectativa de uma recompensa. Explora o medo da exclusão social”.

A psiquiatra Francislainy Dal’Col destacou que o tratamento envolve psicoterapia, meditação, limitação do uso de redes sociais e estabelecer metas pessoais realistas que tragam realização.

Você sabia?

“Medo de perder”, em tradução livre de fear of missing (FoMO), é um termo amplamente usado a partir de 2004 em rede sociais, sendo introduzido ao dicionário Oxford em 2013.

O que dizem os especialistas

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|  Foto: Divulgação
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|  Foto: Aquiles Brum

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Síndrome

A síndrome Fear Of Missing Out (FoMO), que em português significa o “medo de ficar de fora”, tem se tornado cada vez mais evidente no contexto das redes sociais, em que algumas pessoas sentem a necessidade de estarem conectadas e temendo estar de fora, perdendo algo importante, causando impulso, compulsão de o tempo todo checar e responder ou acompanhar o que está acontecendo nas redes sociais, segundo o psiquiatra José Luis Leal de Oliveira.

Sintomas

Ansiedade e inquietação, verificação compulsiva de redes sociais, dificuldade de se concentrar, sentimento de exclusão, diminuição da autoestima, comprometimento da saúde mental, desejo de estar sempre conectado e comprometimento das relações pessoais, segundo a psiquiatra Francislainy Dal’Col.

Tratamento

O tratamento envolve psicoterapia, meditação, limitação do uso de redes sociais, estabelecer metas pessoais realistas que tragam realização, segundo a psiquiatra Francislainy Dal’Col.

Faixa Etária

A faixa etária mais atingida pelo fenômeno FoMO é de 18 anos a 26 anos, de acordo com informação do psiquiatra José Luis Leal de Oliveira.

Sistemas de compensação

Sobre redes sociais que oferecem metas ou tarefas para o usuário cumprir, em troca de ganhos, os psiquiatras fazem alertas.

“Essa pressão por horas de consumo e gratificação financeira ativa muito mais o sistema de recompensa cerebral e aumenta exponencialmente o risco de desenvolver dependência e deveria haver regulamentação em razão dos prejuízos e riscos envolvidos”, afirma o psiquiatra José Luis Leal de Oliveira.

JoMo

Um dos fenômenos mais conhecidos no contexto de uso da internet é o FoMO. Alguns pesquisadores propuseram o contra-conceito de JoMO, a “alegria de perder”, como alívio da ansiedade elevada ao FoMO, segundo o psiquiatra João Paulo Cirqueira.

Literatura

Ele destaca que a ligação entre o uso da internet e o FoMO nem sempre é prejudicial, pois o FoMO pode afetar positivamente o bem-estar se usar as mídias sociais para promover a interação social.

O psiquiatra destaca que o FoMo requer mais estudos. Isso porque, segundo ele, o “medo de perder” tem sido considerado um fator predisponente para o uso excessivo da internet, e uma grande parte da literatura investigou a ligação entre FoMO e o uso da internet.

No entanto, ainda há uma falta de coesão na literatura.

Fonte: Especialistas consultados

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