Motorista que matou assaltantes na Serra agiu por legítima defesa, conclui polícia
Homem trabalhava fazendo corrida por aplicativo quando foi surpreendido por três assaltantes
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A Polícia Civil do Espírito Santo concluiu que o motorista de aplicativo que matou dois jovens durante uma tentativa de assalto no bairro Lagoa de Jacaraípe, na Serra, no dia 24 de janeiro, agiu por legítima defesa. De acordo com as investigações, a ação aconteceu após uma tentativa de latrocínio — roubo seguido de morte — evitado pela ação de defesa da vítima.
De acordo com informações da TV Tribuna/Band, três indivíduos teriam solicitado uma corrida por aplicativo com a vítima e, durante o trajeto, anunciaram o assalto. Ao ser abordado pelos suspeitos, o motorista reagiu ao assalto e efetuou disparos contra os assaltantes.
Um jovem de 21 anos e um adolescente foram atingidos e morreram no local. Outro jovem de 21 anos, que também participou da ação, conseguiu fugir da cena do crime, mas foi localizado e autuado pela tentativa de latrocínio.
Anteriormente, o caso estava sendo tratado como duplo homicídio e tentativa de homicídio, porém, após o depoimento do motorista e imagens de câmeras de videomonitoramento serem analisadas, a polícia chegou à conclusão da tentativa de latrocínio. O Ministério Público acatou a decisão e o inquérito foi arquivado.
Imagens de videomonitoramento mostram a ação dos assaltantes durante o crime. Após anunciarem o assalto, dois dos suspeitos descem do carro e desferem chutes e socos contra a vítima. Em seu depoimento, o motorista contou que já estaria sem forças após as agressões, mas conseguiu alcançar a arma que guardava embaixo do tapete do banco do motorista.
A arma da vítima era registrada legalmente, porém, o motorista não possuía o porte do equipamento e, por isso, foi autuado por porte ilegal de arma de fogo.
"A vítima possuía a posse da arma, mas não o seu porte. Por essa motivo, ele foi indicado pelo crime de porte ilegal. Já a legítima defesa foi corroborada pelo Ministério Público e o inquérito foi arquivado.", explicou o delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra.
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