Justiça autoriza perícia em celulares de prefeito e de médica morta em hotel no ES
Juliana Pimenta Ruas El-Aouar foi encontrada morta dentro do quarto de um hotel, em Colatina
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A Justiça autorizou que a Polícia Civil realize perícia nos celulares do ex-prefeito da cidade mineira de Catuji, Fuvio Luziano Serafim, e da esposa dele, a médica Juliana Pimenta Ruas El-Aouar, que foi encontrada morta em um quarto de hotel na cidade de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, em setembro deste ano.
A decisão para que seja realizada a perícia nos aparelhos foi tomada pela 1ª Vara Criminal de Colatina e tem como objetivo verificar se há registros de vídeos feitos por Juliana de Fuvio sob efeito de medicamentos.
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O pedido para que seja realizada perícia nos celulares, que estão apreendidos pela Polícia Civil, foi feito pela defesa do ex-prefeito de Catuji. Ele é investigado pela polícia como acusado de ter matado Juliana e chegou a ser preso em flagrante, na época do crime.
Fuvio ficou preso por quase três meses até que em 1º de dezembro, a Justiça aceitou o pedido da defesa e decidiu revogar a prisão preventiva, durante audiência de instrução do processo.
Além do pedido de liberdade do ex-prefeito, os advogados solicitaram a perícia nos aparelhos e a juntada de uma série de documentos, como laudos e prontuários médicos. A Justiça acatou parte dos pedidos.
De acordo com a decisão, a Polícia Civil tem o prazo de 15 dias para confeccionar o relatório de análise dos aparelhos e encaminhar essas informações à Justiça.
Relembre
Juliana Pimenta Ruas El-Aouar foi encontrada morta dentro do quarto de um hotel, em Colatina, onde estava hospedada com o marido, o ex-prefeito de Catuji, Fuvio Luziano Serafim, no dia 2 de setembro deste ano.
Segundo a Polícia Militar, pela manhã, o marido compareceu à recepção do hotel querendo pagar a conta e deixar o local o quanto antes. Funcionários relataram que ele estava "bastante alterado" e que teria informado que a esposa estava "passando mal, tendo desmaiado".
Diante do comportamento suspeito, o próprio hotel acionou o Samu, que esteve no local e atestou o óbito da vítima. Fuvio e Robson foram levados pela Polícia Militar para a Delegacia Regional de Colatina para depoimentos. No mesmo dia, os dois foram autuados em flagrante.
O atestado de óbito de Juliana, divulgado no dia 3 de setembro, aponta que as causas da morte da médica foram: Hipoxemia (baixa concentração de oxigênio no sangue); Asfixia mecânica; Broncoaspiração (entrada de substâncias estranhas, tais como alimentos e saliva, na via respiratória) e Traumatismo cranioencefálico (lesão física ao tecido cerebral que, temporária ou permanentemente, incapacita a função cerebral).
Fuvio Luziano Serafim foi autuado em "flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio)".
Já o motorista Robson Gonçalves dos Santos foi autuado "em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido".
Robson foi solto em outubro, após decisão da Justiça. Já Fuvio obteve a liberdade em 1º de dezembro, quando a Justiça decidiu revogar a prisão preventiva dele.
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