Empresas investigadas por golpe do consórcio vão devolver dinheiro de cliente no ES
Empresas também encerraram as atividades no Espírito Santo
Escute essa reportagem
Responsáveis pelas empresas investigadas por suspeita de aplicar o golpe do consórcio se comprometeram a devolver os valores referentes aos contratos celebrados com clientes no Espírito Santo. O Ministério Público do Estado (MPES) informou que esses estabelecimentos também encerraram as atividades em solo capixaba.
As empresas foram alvo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Norte) e da Promotoria de Justiça Rio Bananal, na Operação Fraus 2, deflagrada em 13 de setembro.
Leia mais notícias de Polícia aqui
Segundo o MPES, as vítimas que manifestarem interesse, receberão os valores pagos integralmente, sem descontos e sem a necessidade de ação judicial. Para tanto, deverão fazer contato diretamente com as empresas. As pessoas estão sendo contactadas pessoalmente, por telefone, com gravação da conversa para comprovar o contato da empresa.
O objetivo da Operação Fraus 2 foi apurar a existência de organização criminosa responsável pela venda irregular de consórcios e cartas de crédito. A investigação comprovou que uma empresa que administra grupos de consórcios e localizada em Caratinga, Minas Gerais, comandava a organização criminosa, fazendo parcerias com empresas locais em diversas cidades, para a comercialização de supostas cartas de crédito.
O golpe era aplicado da seguinte forma: eram lançados em redes sociais anúncios de venda de propriedades rurais e casas com a oferta de cartas de créditos de consórcios.
No caso do Espírito Santo, quando a vítima entrava em contato com uma empresa de Linhares, demonstrando interesse em adquirir um imóvel, por exemplo, era ofertado um consórcio, desde que fosse feito um depósito a título de entrada. O restante do valor seria dividido em várias parcelas, com a informação de que a pessoa iria receber a carta de crédito em seguida.
Quando a empreitada criminosa alcançava seu objetivo, as vítimas depositavam os valores diretamente na conta da empresa de Caratinga (MG). Celebrado o contrato, o dinheiro ficava “preso” uma vez que na verdade se tratava de um grupo de consórcio.
Comentários