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Polícia

Assassinato de comerciante no ES: polícia explica detalhes do crime

O corpo de Gildomar Perin foi encontrado na quinta-feira (23). A Polícia Civil divulgou detalhes sobre a dinâmica do crime


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Guarda Municipal no bairro Ilha do Frade, em Vitória, onde carro de Gildomar Perin (destaque) foi encontrado |  Foto: Divulgação/GCMV e Acervo da Família

A Polícia Civil deu detalhes na manhã desta sexta-feira (24) sobre o assassinato do comerciante Gildomar Perin, de 60 anos, vítima de um assalto em Vitória, na noite de sábado (21). O corpo dele foi encontrado na quinta-feira (23) em uma área de vegetação na Serra. Um adolescente, de 16 anos, foi apreendido e outros dois comparsas dele foram presos. 

De acordo com o titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, as investigações apontaram que o crime foi arquitetado pelo adolescente e um comparsa, maior de idade, que veio de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, morar com ele. 

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Gildomar morava em Itarana, na região Noroeste do Espírito Santo, mas costumava passar os finais de semana em Vitória, onde tinha um apartamento em Jardim Camburi. "Durante essas vindas aos finais de semana a Vitória, a vítima conheceu o adolescente e passou a realizar programas com ele. Por cada encontro, era pago a quantia de R$ 300 pela vítima, fato que despertou a atenção dele e fez com que ele arquitetasse o crime de roubo com o seu comparsa", explicou o delegado.

Segundo o titular da DHPP da Serra, a vítima veio para Vitória passar o Carnaval no sábado (18).  Em depoimento, os suspeitos do crime deram detalhes da dinâmica do latrocínio - roubo seguido de morte. 

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Delegado Rodrigo Sandi Mori (lado direito) explicou detalhes do crime |  Foto: Divulgação / Polícia Civil

"A vítima foi ao bairro Carapina Grande, na Serra, para buscar o adolescente. Eles voltaram juntos para Vitória e passaram a tarde juntos no apartamento da vítima. Por volta de 17 horas, os dois saíram do condomínio a bordo do veículo da vítima e foram para Carapina Grande. Perto da residência do adolescente, o comparsa dele se aproximou do veículo, anunciando o assalto e simulando estar armado com uma arma de fogo. Nesse momento, o comparsa colocou o adolescente junto com a vítima no banco de trás e foi guiando o veículo até a região chamada de Eucaliptos, no bairro Jacaraípe", detalhou Sandi Mori.

Ao longo do trajeto, a vítima permaneceu em silêncio, mas, em um certo momento, pediu aos suspeitos que não fizessem nada com ele e propôs parar em um caixa eletrônico e sacar dinheiro para eles. No entanto, o adolescente e o comparsa não aceitaram. 

Sandi Mori explicou que quando, assim que chegaram na região chamada de Eucaliptos, o comparsa do adolescente retirou o comerciante do carro e deu um golpe conhecido como gravata na vítima. Logo depois, pegou um pedaço de madeira e desferiu um golpe na nuca de Gildomar. O adolescente pegou o mesmo pedaço de madeira e desferiu outro golpe no rosto da vítima, que desmaiou. 

Os dois suspeitos jogaram o corpo do comerciante de um barranco próximo e foram embora. 

Corpo queimado

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Polícia Civil deu detalhes do crime |  Foto: Divulgação / Polícia Civil

O titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra informou que, na madrugada de terça-feira (21), o adolescente e um terceiro suspeito foram até um posto de combustíveis em Jacaraípe. No local, a dupla comprou um galão de gasolina e voltaram ao local onde o comerciante foi deixado. Os dois atearam fogo no corpo de Gildomar. 

"Fizeram isso com a intenção de eliminar mais rapidamente os vestígios do corpo e dificultar a investigação policial", afirmou Sandi Mori. 

O delegado revelou que, após roubar e matar o comerciante, os suspeitos usaram dinheiro e cartão de crédito de Gildomar para comprar cerveja para curtir o Carnaval. 

O carro do comerciante foi encontrado por agentes da Guarda Municipal de Vitória, na terça-feira (21), e prenderam o comparsa que mora com o adolescente.

O menor também foi apreendido e o terceiro suspeito foi preso na quinta-feira (23).

O adolescente vai responder por ato análogo ao crime de latrocínio e ocultação de cadáver. Os comparsas dele vão responder pelos crime de latrocínio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. 

A polícia aguarda a conclusão do laudo cadavérico para saber se o comerciante morreu por conta das pauladas ou por conta das queimaduras. 

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