Adolescente que atacou escolas no ES vai ter acompanhamento psiquiátrico
Justiça determinou a internação do adolescente por três anos em unidade socioeducativa. Quatro pessoas morreram nos ataques
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A Justiça determinou a internação por três anos do adolescente, de 16 anos, que confessou ter invadido duas escolas de Aracruz e matado a tiros quatro pessoas e ferido outras 12. Na decisão, o juiz Felipe Leitão aplicou uma medida protetiva de acompanhamento psiquiátrico do adolescente durante o período de cumprimento da medida de internação.
Os atentados nas duas escolas do bairro Coqueiral de Aracruz ocorreram na manhã do dia 25 de novembro. O primeiro alvo do atirador foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti, onde o adolescente arrombou um cadeado, entrou na unidade e foi até a sala dos professores onde começou a atirar na direção dos profissionais.
Em seguida, o atirador entrou no carro e dirigiu foi até uma escola particular localizada a cerca de 700 metros de distância da primeira unidade de ensino. O adolescente entrou pelo portão da frente e abriu fogo contra alunos e funcionários. A ação durou menos de um minuto. Depois ele voltou para o carro e fugiu.
De acordo com a polícia, o adolescente voltou para casa, guardou as duas armas nos mesmos locais onde elas estavam e almoçou com os pais, antes de seguir para casa de praia da família. O pai do atirador é policial militar e uma das armas usada nos crimes - uma pistola pertence a corporação. A outra arma, um revólver calibre 38, é particular do pai do atirador.
O adolescente foi preso cerca de cinco horas após o crime e confessou para a polícia ter sido o autor dos ataques nas duas escolas. Ele foi levado para unidade socioeducativa para internação provisória pelo prazo de 45 dias até ser julgado.
De acordo com o o Tribunal de Justiça do Estado (TJES), na terça-feira (6), foi realizada a audiência de apresentação do adolescente na Unidade de Internação Provisória II (Unip II). Na manhã desta quarta (7), foi dada continuidade a audiência com depoimentos de testemunhas do Ministério Público do Estado (MPES).
Após os depoimentos, o magistrado leu a sentença que determinou a internação do adolescente pelo prazo de três anos e aplicação do acompanhamento psiquiátrico. "Quem vai avaliar esse prazo é o Juiz da Execução da Grande Vitória (3ª Vara da Infância e da Juventude de Vitória)", informou o TJES.
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