Vasco arranca empate, mas ainda fica perto do Z-4
Vasco sai na frente do Cruzeiro no Mineirão, leva virada, mas consegue arrancar empate em 2 a 2, em duelo direto contra a zona de rebaixamento
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Remarcado da 33ª rodada do Brasileirão, o confronto entre Cruzeiro e Vasco, na noite de quarta-feira (22), no Mineirão, era a oportunidade perfeita para as duas equipes, que lutam contra o rebaixamento, se distanciarem do pelotão de trás. Mas o empate em 2 a 2, com gols de Puma, Arthur Gomes, Bruno Rodrigues e Gabriel Pec, acabou mudando pouco a situação na tabela.
No copo meio cheio, melhor para o cruz-maltino, que arrancou um ponto fora de casa, mas que voltou a oscilar em um confronto direto.
As duas equipes chegaram aos 41 pontos. Abriram três do Bahia, primeiro no Z-4. O Cruzeiro é 16º e o Vasco, 15º, pelo número de vitórias.
O time carioca viu o desempenho variar em momentos do jogo. Começou melhor, caiu e voltou mais agudo na segunda etapa.
A noite parecia se encaminhar para certa tranquilidade, com uma dose de volta por cima. O golaço do criticado Puma Rodríguez, que deu lençol em Luciano Castan e contou com colaboração do quique da bola para marcar, num jogo em que ganhou a vaga substituindo o suspenso Paulo Henrique, construiu um cenário de otimismo.
Mas a estratégia de esperar o Cruzeiro com o placar a favor ruiu num roteiro que parecia nítido. A cada chegada no ataque, os jogadores do time mineiro ganhavam mais confiança. E ainda contaram, em meio às investidas, com a sorte: Arthur Gomes recebeu livre pelo meio, correu pelo campo aberto e contou com desvio em Medel para marcar um golaço.
Uma falha de marcação que vem acontecendo com frequência em jogos da equipe.
O empate já não era o melhor resultado dadas as circunstâncias do jogo, mas a “conta” ficaria ainda pior em pênalti bobo cometido por Rossi no último minuto adicionado aos acréscimos.
De volta ao time titular, o atacante viu a bola rebater do peito de Mateus Vital em sua mão. Bruno Rodrigues converteu para virar o jogo.
A entrada de Rossi no time titular - ele acabaria expulso no fim do jogo, já no banco de reservas - parecia uma tentativa de remontar a equipe que “encaixou” na goleada contra o Coritiba, em setembro.
Mas a necessidade de mudanças se impôs com o cenário do jogo: o trio Praxedes, Paulinho e Zé Gabriel não vivia a melhor das noites, por exemplo. O Cruz-maltino ganhou dinamismo com as entradas de Jair, Marlon Gomes e Payet no meio.
Pec, antes isolado na ponta esquerda, onde tradicionalmente rende menos, passou a ser mais acionado. Vegetti ganhou a companhia no ataque de Sebastián Ferreira. Foi dele a cabeçada na segunda trave que encontrou Pec para bater para o gol e empatar.
O cruz-maltino ainda teve gol anulado por impedimento milimétrico apontado pelo VAR e desperdiçou ótima chance de marcar o gol da vitória com Sebastían, enquanto o Cruzeiro perdeu outro com Wesley.
Cruzeiro 2 x 2 Vasco
Cruzeiro
Rafael Cabral; William, Neris, Luciano Castán e Marlon (Kaiki); Ian Luccas (Fernando Henrique), Felipe Machado (Rafael Elias) e Mateus Vital (Wesley Ribeiro); Matheus Pereira, Bruno Rodrigues e Arthur Gomes (Japa). Técnico: Paulo Autuori.
Vasco
Léo Jardim; Puma Rodríguez, Maicon (Léo), Medel e Lucas Piton; Zé Gabriel (Sebastian), Praxedes (Marlon Gomes) e Paulinho (Jair); Gabriel Pec, Rossi (Payet) e Vegetti. Técnico: Ramón Díaz.
Gols: primeiro tempo — Puma Rodríguez, aos 15 minutos, Arthur Gomes aos 40, e Bruno Rodrigues aos 53. Segundo tempo — Gabriel Pec, aos 31 minutos
Juiz: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Cartão vermelho: Rossi (Vasco).
Renda e público: Jogo disputado com portões fechados.
Atuações do Vasco
Léo Jardim: foi prejudicado pelo desvio no 1º gol do Cruzeiro. Nota 6
Puma Rodríguez: não comprometeu na defesa e foi decisivo na frente, com um golaço. Nota 7
Maicon: teve atuação regular e não comprometeu. Nota 6,5. Léo: qualificou a saída de bola. Nota 5,5
Medel: o primeiro gol do Cruzeiro saiu após desvio no chileno, mas ele não teve culpa. Nota 6,5
Lucas Piton: bem com alguns cruzamentos. Um deles quase acabou em gol de Sebastián. Nota 6,5
Zé Gabriel: deixou a frente da área vascaína muito desprotegida, facilitando as chegadas do adversário. Nota 4. Sebastián: deu assistência para o gol de empate e quase marcou o terceiro em cabeceio nos minutos finais. Nota 6,5
Praxedes: errou passes e não funcionou na transição. Nota 4
Marlon Gomes: voltando de lesão, errou lances bobos, mas mostrou vontade. Nota 4
Paulinho: não acompanhou o jogador do Cruzeiro no primeiro gol do adversário. Saiu machucado. Nota 5. Jair: deu uma organizada no meio de campo. Nota 6
Gabriel Pec: quando mudou de lado no segundo tempo, indo para a direita, melhorou. Foi decisivo. Nota 7,5
Vegetti: levou perigo pelo alto e incomodou o Cruzeiro. Nota 6,4
Rossi: deu assistência para Puma no gol do Vasco, mas cedeu pênalti ao Cruzeiro. Nota 5,5. Payet: cobrou o escanteio que terminou no gol de Pec. Nota 6
Fala, treinador!
"Com essa atitude, é muito difícil que sejamos rebaixados"
Feliz com o time, porque, com essa atitude, é muito difícil que sejamos rebaixados. Os outros times vão ter que lutar como nós.
Em alguns momentos, o Vasco jogou muito bem. No início do primeiro tempo, até fazermos o gol. E depois nos retraímos um pouco, e aí tivemos dificuldades.
Não marcamos bem os dois volantes deles, que sabíamos que atacam muito. Esse foi um dos erros táticos que cometemos. O que devemos dizer do time é do espírito.
A gana, a atitude diante da dificuldade. Mudamos algumas coisas táticas e alguns jogadores. E demonstraram que o time tem caráter, tem determinação. Demonstramos muito caráter, muita atitude, e isso leva a que, dos últimos cinco jogos, empatamos dois e ganhamos três.
Fala, torcedor!
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