Gasto médio de R$ 48 para comer fora de casa em Vitória
Pesquisa aponta que Vitória é a sétima capital com refeições mais caras do País. Renda mais alta é uma das explicações
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Trabalhadores que moram ou trabalham em Vitória gastam, em média, R$ 48,79 para fazer uma refeição fora de casa. O valor é o sétimo mais caro entre as capitais do País e está acima da média nacional, que é de R$ 46,60.
Os dados de levantamento da Mosaiclab, empresa de inteligência de mercado. O Sudeste é a região com o maior preço médio para comer fora de casa no País, com R$ 49,33.
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“Nas cidades onde o custo de vida é maior, como é o caso de Vitória, o preço médio da refeição tende a ser maior. Tem outras variáveis, mas o principal acaba sendo isso”, analisa o presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Estado, Rodrigo Vervloet.
Das quatro capitais da região sudeste, apenas Belo Horizonte não integra o Top-10, que curiosamente está com o preço médio mais barato das capitais brasileiras: R$ 32,69.
“Essa diferença se explica pela renda média da população daqui ser quase o dobro da população da capital mineira”, diz o economista Marcelo Loyola Fraga.
Para o economista Ricardo Paixão, as cidades litorâneas, como Rio de Janeiro, Florianópolis, Recife, Natal e Vitória, por terem grande potencial turístico, acabam naturalmente indo para o topo da lista.
A pesquisa aconteceu entre junho e agosto deste ano, em 4.516 estabelecimentos comerciais, 21 estados e o Distrito Federal. No total, foram coletados 5.470 preços de pratos em todo o Brasil, em locais que servem refeições no horário do almoço, de segunda a sexta-feira.
Para calcular o preço médio, a pesquisa considerou quatro categorias (a la carte, executivo, self service e prato feito) de uma refeição composta por: prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café.
E a refeição pesa no orçamento mensal do brasileiro. Segundo o IBGE, o salário médio no País era de R$ 2.921 na data em que a pesquisa foi iniciada.
Isso significa que, para se alimentar com uma refeição completa no almoço, o trabalhador precisa desembolsar R$ 1.025,20 mensalmente, ou seja: 35% do salário médio.
O sócio-diretor da Mosaiclab, empresa responsável pela pesquisa, aponta que os aumentos dos preços da gasolina e do gás de cozinha nos últimos meses também podem ter contribuído para esse aumento, além do retorno do trabalho presencial ter elevado os aluguéis comerciais e os custos para as empresas do setor.
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O ranking
Cidade - Custo médio por refeição
Florianópolis (SC): R$ 56,11
Rio de Janeiro (RJ): R$ 53,90
São Paulo (SP): R$ 53,12
Natal (RN): R$ 51,86
Recife (PE): R$ 49,13
Maceió (AL): R$ 48,84
Vitória (ES): R$ 48,79
Palmas (TO): R$ 47,79
Salvador (BA): R$ 46,43
Curitiba (PR): R$ 43,42
Manaus (AM): R$ 42,85
Cuiabá (MT): R$ 42,63
João Pessoa (PB): R$ 42,52
Brasília (DF): R$ 41,45
São Luiz (MA): R$ 40,50
Aracaju (SE): R$ 39,68
Fortaleza (CE): R$ 37,55
Porto Alegre (RS): R$ 37,20
Belém (PA): R$ 36,94
Goiânia (GO): R$ 33,33
Teresina (PI): R$ 33,22
Belo Horizonte (MG): R$ 32,69
Fonte: Mosaiclab.
Operações sem lucro aumentam
Pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revela que 24% do setor relataram operar sem lucro, um aumento de 5% em relação à última pesquisa, realizada em julho. Além disso, 34% das empresas permaneceram em equilíbrio financeiro, enquanto 41% obtiveram lucro.
Os dados, coletados entre 28 de setembro e 6 de outubro, são baseados nas respostas de 1.979 empreendedores do setor.
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