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Como conviver com glaucoma e evitar a perda de visão

Especialistas explicam que tratamento da doença é feito com colírios, cirurgia ou laser para drenar excesso de líquido


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Imagem ilustrativa da imagem Como conviver com glaucoma e evitar a perda de visão
Regina Célia Araújo procurou ajuda médica por conta de uma sensação de areia nos olhos |  Foto: Kadidja Fernandes / AT

Uma doença que pode levar à perda da visão e que, na maioria das vezes, é silenciosa. O glaucoma causa lesão progressiva no nervo óptico devido a vários fatores, sendo que o principal é o aumento da pressão do olho.

“A pressão do olho aumenta machucando o nervo óptico e diminuindo a visão periférica progressivamente até cegar completamente, se não tratado. É a maior causa de cegueira irreversível no mundo”, afirma o médico especialista em Oftalmologia Sandro Rotunno.

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Ele explica que a pessoa vai perdendo a visão periférica aos poucos, sem perceber. Em fases mais adiantadas, vai tropeçando e esbarrando nas pessoas.

“Se o glaucoma progredir, pode ocorrer a visão em túnel, apenas na parte central e posteriormente, a cegueira definitiva. Em casos de pressão intraocular mais alta, dor ocular e de cabeça, pode haver halos ao redor das luzes, visão turva, além de náuseas e vômitos”.

Sandro Rotuno observa que o aumento da pressão do olho é causado pela produção excessiva de humor aquoso, o líquido do olho, ou a diminuição de sua drenagem.

O médico observa ainda que o diagnóstico é feito através de consultas de rotina com o oftalmologista. “Na consulta, se observamos uma suspeita de glaucoma, podemos lançar mão de exames mais aprofundados”.

Entre os exames estão o de campo visual, tomografia de coerência óptica, a paquimetria corneana, que mede a espessura da córnea, e a gonioscopia, que avalia o ângulo entre a íris e a córnea.

O tratamento, segundo o médico, depende da causa. Ele explica que no glaucoma primário de ângulo aberto geralmente inicia-se com colírios. Há também um laser feito para aumentar a drenagem.

“E quando o tratamento clínico não é efetivo em barrar a progressão, pode-se recorrer às cirurgias filtrantes, como a trabeculectomia, o implante de tubos especiais ou de outros dispositivos para melhorar a drenagem”, explica.

A gerente do setor de Oftalmologia do Hospital Evangélico de Vila Velha, Fernanda Lopes de Almeida, destaca que o glaucoma é uma doença crônica, ou seja, não tem cura, mas tem tratamento para controlar a progressão.

“O tratamento começa com o uso de colírios para reduzir a pressão ocular. Se os colírios não forem eficazes ou o paciente tiver dificuldade em seguir o tratamento, a cirurgia pode ser uma opção”, afirma.

Consultas e tratamento com colírio

Uma sensação de ter “areia” nos olhos fez com que a aposentada Regina Célia Araújo da Costa, de 68 anos, procurasse um médico.

“Ninguém fazia o teste de pressão”, disse Regina, que ficou meses sem o diagnóstico correto.

Após uma nova consulta, uma médica suspeitou da doença e começou a passar colírio. A partir disso, a situação começou a melhorar.

Regina passou por uma ação com oftalmologistas e foi encaminhada para o Hospital Evangélico de Vila Velha, onde faz tratamento.

“Eu tive a visão muito afetada no olho direito, 60%. E, no esquerdo, 20%. Com o tratamento no hospital, o problema se estabilizou”.

A aposentada conta que foram feitos exames especializados e que recebe um colírio para seu tratamento. “O tratamento é ótimo, hoje eu me sinto bem”.


Maioria dos pacientes tem mais de 40 anos

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Sandro Rotunno: faixa etária |  Foto: Arquivo / AT

A faixa etária mais acometida pelo glaucoma é a partir dos 40 anos. A partir dos 60 anos, a chance é seis vezes maior, afirma o médico especialista em Oftalmologia Sandro Rotunno.

O mais comum é o glaucoma primário de ângulo aberto, que corresponde a mais da metade dos casos e é o mais silencioso, segundo o médico.

“Há também o glaucoma primário de ângulo fechado, no qual a pressão intraocular pode subir bastante e rápido. Neste, pode haver sintomas, como dor ocular e de cabeça, olhos vermelhos e náuseas e vômitos”.

A gerente do setor de Oftalmologia do Hospital Evangélico de Vila Velha, Fernanda Lopes de Almeida, explica que o hospital é habilitado para ofertar colírios para os pacientes do programa de glaucoma, conforme prescrição médica.

“Os pacientes do programa de glaucoma retiram esses colírios no hospital e têm consultas a cada três ou seis meses, dependendo da orientação médica. Se o tratamento com colírios não for suficiente, existe a indicação de uma cirurgia, que pode incluir o uso de laser (como a iridotomia) ou procedimentos cirúrgicos, como a trabeculectomia”.

O serviço de Oftalmologia do Hospital Evangélico é totalmente pelo SUS. O paciente primeiro deve ir até a unidade de saúde, onde será encaminhado a um oftalmologista. O agendamento da consulta é feito pela Secretaria de Estado da Saúde.

Em 2023, o Hospital Evangélico disponibilizou 13.560 consultas para pacientes em tratamento clínico de glaucoma com colírios e 3.120 consultas para aqueles que precisaram de tratamento cirúrgico.

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