Novo jeito flexível e acolhedor de trabalhar
Coluna publicada na edição desta quarta-feira, do jornal A Tribuna
Um novo jeito de trabalhar é a principal provocação aos que buscam acessar o ambiente de negócios ou aos que lideram empresas neste contexto. Nos últimos anos o mercado foi adotando padrões mais fluídos de trabalho, e o modelo híbrido ganhou destaque, inclusive com mais produtividade, dando margem para se trabalhar e contratar pessoas atuando de qualquer lugar. O principal ativo impactado é o escritório, os ambientes físicos das empresas.
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A solução é compartilhar seu escritório. O coworking é um modelo de contratação flexível de espaços, nesta há opção de ficar o tempo desejado, horas, dias, meses ou anos, sem a necessidade de engessar o investimento num espaço, com a praticidade de acesso aos serviços necessários ao uso (internet, café, limpeza, entre outros), e o acolhimento proporcionado para viver em comunidade dentro de diferentes propostas de negócios e pessoas.
Apesar de parecer novo, os escritórios compartilhados já eram utilizados em outros países há algum tempo, como referência, a maior de rede de escritórios compartilhados é da década 1980, contando hoje com mais de 3 mil unidades no mundo.
O nosso cenário, segundo o Censo Coworking 2019 feito do site Coworking Brasil, houve aumento de 238 para 1.497 em espaços colaborativos no País desde 2015, quando o primeiro levantamento foi realizado. O número é 25% maior em relação à pesquisa divulgada em 2018.
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Já a pesquisa feita pela International Workplace Group (IWG), no ano passado, revelou que em todo o mundo houve aumento de mais de 90% na busca por locais de trabalho coletivo, em relação ao mesmo período de 2021.
Acredito que os ambientes de crises que estamos inseridos, seja sanitária, social ou econômica, com ciclos cada vez mais curtos, faz com que o ser humano repense a ocupação física dos ambientes, o uso de recursos e aumente a necessidade de se sentir pertencente a uma comunidade, como mecanismos de segurança. Tudo isto está conectado ao crescimento dos coworkings.
Sobre ocupação, muitas empresas que tinham fechado escritórios e adotado o home office, acostumaram e aderiram o modelo híbrido de trabalho e esses espaços partilhados viraram uma forma vantajosa para as duas partes.
Em uma ponta o locatário, não tem aquela necessidade de buscar um espaço, enfrentar a burocracia da contratação e depois engessar um investimento em mobilização, entre outras inflexibilidades que esse tipo de contrato oferece, e na outra ponta o coworking, que também compartilha o acesso às soluções necessárias para o momento e adequar a necessidade ao momento vivido.
Quanto ao uso sustentável dos recursos, a economia de trabalhar assim pode chegar a mais de 50% em comparação ao modelo de escritório tradicional, sem contar outras tantas vantagens disponíveis no espaço, como segurança, recepção, internet, móveis, máquinas modernas, impressora, água e luz, tudo incluído.
Jairo Siqueira é empresário e advogado.
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