O que ouviu dos seus pais na infância?
Palavras e expressões negativas e depreciativas ditas por pais podem impactar negativamente a vida dos filhos
É comum encontrarmos pessoas relatando que sempre ouviram dos pais palavras e expressões negativas e depreciativas ao longo da sua vida e o quanto isso as impactou negativamente. Alguns ainda ouvem mesmo depois de adultos.
De tanto você ouvir palavras e mensagens negativas sobre você, você acaba incorporando e acreditando naquilo. Falas do tipo: “Você não sabe fazer nada direito!”, “Desse jeito, nunca vai ter sucesso na vida”. Algumas pessoas conseguem superar o trauma deixado pelas palavras negativas que ouviu na infância. Outras sofrem a vida toda pelo impacto do que ouviu de seus pais e cuidadores.
Há pais que nem fazem isso por mal, apenas repetem o que ouviram à sua época, mas ainda assim é ruim e abala emocionalmente os filhos. Primeiro porque é a força de quem pronuncia essas palavras. Os pais são a referência afetiva para os filhos. O segundo ponto é a frequência em que são ditas. De tanto ouvir o negativo, a criança acaba aceitando que é ruim e incapaz. Se os seus pais disseram é porque aquilo é verdade.
Normalmente são pessoas de referência no cuidado da criança que falam essas coisas. Então, ouvir palavras e expressões negativas vindas do pai, da mãe e avós, gera um peso emocional com impactos e os danos profundos na formação da personalidade dessa criança.
De tanto ouvir, ele acaba acreditando na sua incapacidade e incompetência. A isso dá-se o nome de profecia autorrealizadora que é uma situação em que as expectativas de alguém sobre uma situação ou pessoa específica fazem com que aquilo se torne realidade. Essa profecia pode ser positiva ou negativa conforme as crenças e pensamentos projetados, podendo levar ao sucesso ou ao fracasso como resultado final.
Na escola é a mesma coisa. Se um professor sempre diz que um aluno não aprende bem, erra tudo, esse aluno acaba incorporando o fracasso e não consegue bons resultados na vida escolar.
É preciso fazer uma filtragem e não perpetuar a educação negativa que você possa ter vivido. Não repasse para seus filhos, maridos, esposa e funcionários, seus dramas e traumas educacionais do passado. Procure se fortalecer interiormente. Se cerque de boas companhias e de bons amigos. Faça terapia e procure ser melhor a cada dia.
Por mais forte que tenha vivenciado situações danosas à sua autoestima e auto confiança, a vida vai te proporcionando o encontro com pessoas significativas que podem te proporcionar momentos de trocas nos quais você se fortalecerá interiormente e passará a perceber suas potencialidades e viver melhor.
Fique atento ao que você fala aos seus filhos e às pessoas do seu convívio. Perceba o lado positivo de cada comportamento e expresse isso. Assim, o seu filho que antes você dizia que era teimoso agora dirá que ele é obstinado e persistente. Se ele era inquieto, agora você dirá que ele é dinâmico. Estabanado se torna rápido, desatento é reflexivo, rebelde é questionador, o que era lerdo passa a ser tranquilo.
Descubra o lado positivo do seu filho e valorize. Isso o ajudará a se transformar numa pessoa mais segura, feliz e autoconfiante no futuro.
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