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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

Dor é o alarme da vida

Analgesia congênita: ausência de dor pode parecer vantagem, mas doença rara compromete a saúde e põe vidas em risco

João Evangelista Teixeira Lima, Colunista de A Tribuna | 05/08/2025, 11:39 h | Atualizado em 05/08/2025, 11:38

Imagem ilustrativa da imagem Dor é o alarme da vida
João Evangelista Teixeira Lima é gastroenterologista e clínico geral. |  Foto: Arquivo/AT

Analgesia congênita é uma doença em que a pessoa não sente dor. Num primeiro momento, isso pode parecer benéfico, mas a enfermidade tem uma série de agravantes, que podem colocar a vida da pessoa em risco.

Quem nasce com essa insensibilidade à dor, em geral, passa por muitos acidentes, tem várias cicatrizes, ossos quebrados, queimaduras e amputações.

Além disso, costuma ter infecções, não diagnosticadas, várias vezes ao ano e pode morrer mais cedo. A criança com essa patologia tende a ter menos medo, já que não sente dor quando se machuca.

Dor é um sinal emitido pelo corpo, servindo para proteção, indicando onde está o perigo. Apesar de desagradável, ela é importante para manter a homeostase do organismo.

Ainda que qualquer ser humano consiga vivenciá-la, a dor é sempre um conceito subjetivo, pois cada indivíduo a percebe de forma diferente, dependendo do quanto sofreu e como estas experiências afetaram sua existência.

Embora, intuitivamente, associemos a dor apenas ao sofrimento físico, existem três diferentes modalidades dela: dor física, dor emocional e dor social, todas relacionadas a uma efetiva ausência do bem mais precioso inerente à existência humana: a saúde.

A dor física destaca-se como a espécie mais facilmente compreendida, uma vez que sua exteriorização se dá através de canais de comunicação, de fácil percepção.

Trata-se de uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada ou relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos.

Nesse sentido, ela caracteriza-se, primordialmente em sua modalidade aguda, como um indicativo de que algo está errado com o corpo, podendo gerar impacto sobre o bem-estar, caso o processo de recuperação não se desenvolva a contento. Embora possa parecer estranho, a dor física é um efeito extremamente necessário, sendo o sinal de alarme de que algum dano ou lesão esteja colocando a vida em risco.

A dor física aguda encontra-se associada a instintos primários de sobrevivência, razão pela qual foi fundamental no processo evolutivo do ser humano, permitindo que mecanismos de defesa ou fuga fossem adotados e aprimorados ao longo dos tempos, garantindo a continuidade da espécie.

No que se refere à dor física crônica, há uma persistência além do tempo de cura, sendo resistente à maioria dos tratamentos médicos, o que muitas vezes acarreta graves problemas para os pacientes, uma vez que costuma ser classificada como de causa desconhecida.

A dor emocional remete às sensações produzidas pela percepção cerebral, podendo ser traduzida como a angústia da mente.

Sentimos dor emocional ao nos depararmos com decepções, rompimentos, traições, mentiras ou a perda de um ente querido.

Fruto de algo interno que faz transbordar o aparelho psíquico, como o luto, por exemplo, a dor social produz depressão emocional e melancolia.

Erroneamente entendido como sinal de patologia e não como parte de defesa do ser humano, o sofrimento transforma esperança em ansiedade.

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