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Cidades

Voluntários no Estado testam remédio contra Alzheimer e Parkinson

Setenta e oito pacientes, entre 54 e 82 anos, vão participar de uma pesquisa internacional conduzida por capixabas


Imagem ilustrativa da imagem Voluntários no Estado testam remédio contra Alzheimer e Parkinson
Cérebro: suplemento ajudou na memória de pessoas com Parkinson e Alzheimer |  Foto: © Divulgação/Canva

Voluntários do Espírito Santo e de vários estados do Brasil participam, neste fim de semana, de um estudo com um suplemento medicamentoso contra Alzheimer e Parkinson, em Vila Velha.

Ao todo, 78 participantes, entre 54 e 82 anos, farão parte da pesquisa internacional, conduzida por pesquisadores capixabas. Uma parte receberá o suplemento e a outra parte, placebo.

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O mix probiótico, denominado K10, segundo pesquisadores, possui efeitos positivos nos sintomas, já comprovados em estudo prévio, ainda não publicado, em pacientes com doenças neurodegenerativas.

Os pesquisadores querem agora ampliar a pesquisa, antes feita com 42 pacientes. Em julho, A Tribuna já havia noticiado o recrutamento de voluntários para o estudo.

Para a ampliação da pesquisa, foram selecionados 46 pacientes diagnosticados com Alzheimer e 32 com Parkinson que iniciam, amanhã e domingo, o estudo.

A neurologista e PhD em Ciências Farmacêuticas Alyne Mendonça Marques Ton, pesquisadora do estudo, destaca que foram selecionados pacientes que preencheram os critérios de inclusão e exclusão.

“Neste fim de semana (07 e 08) serão feitas avaliações de qualidade de vida, motora, cognitiva e psiquiátrica. E eles receberão as primeiras doses do suplemento, para os 45 primeiros dias de tratamento. Depois desses dias será feita uma nova avaliação para verificar os primeiros resultados”.

No total, serão 90 dias de estudo, em que os participantes receberão uma cápsula por dia.

De acordo com a médica, no estudo prévio em pacientes com Alzheimer foi possível observar melhora do comportamento, agitação e agressividade, além da memória.

Ela ressaltou também que alguns pacientes deixaram de usar fraldas e apresentaram melhora na capacidade de fala.

“O aperfeiçoamento de comportamento e memória chegou a 70% com 90 dias de uso do suplemento”, destacou a neurologista.

Já em pacientes com Parkinson, houve melhora do equilíbrio, da capacidade de deglutição e de fala, e também foi observada melhora na memória.
Para o gestor da empresa que realiza a pesquisa no Estado, Deivis Guimarães, a esperança com o suplemento “é conseguir melhorar a vida desses pacientes”.


Pesquisa

Em parceria com um laboratório de Portugal, pesquisadores capixabas recrutaram pacientes voluntários para ampliar um estudo, gratuito, com um suplemento medicamentoso contra Alzheimer e Parkinson. A pesquisa tem início neste sábado (07) e no domingo (08).

Ao todo, foram selecionados 78 pacientes para participar do estudo: 46 pacientes diagnosticados com Alzheimer e 32 com Parkinson, com idades entre 54 e 82 anos.

Suplemento

O mix probiótico denominado K10, segundo pesquisadores, possui efeitos positivos, já comprovados em estudo ainda não publicado, em pacientes com doenças neurodegenerativas.

O suplemento age pela modulação do microbioma intestinal e redução do estado inflamatório.

De acordo com pesquisadores, já foi feito um estudo prévio, em 2019, com 42 participantes, no qual foi demonstrado em pacientes com Alzheimer melhora do comportamento, agitação e agressividade, além de avanços na memória.

Alguns pacientes também deixaram de usar fraldas e apresentaram aperfeiçoamento na capacidade de fala. A melhora de comportamento e memória chegou em 70% com 90 dias de uso do suplemento.

Já em pacientes com Parkinson, houve melhora do equilíbrio, da capacidade de deglutição e de fala, e também foi observado avanço na memória.

Como será o estudo?

Cada participante vai ingerir uma cápsula por dia, durante 90 dias. Após os primeiros 45 dias de estudo, os pacientes voltam para uma nova avaliação, recebendo mais 45 dias de medicação. A última avaliação será nos dias 6 e 7 de janeiro.

Os pacientes serão sorteados para saber quem receberá a suplementação e quem receberá o placebo.

No estudo, chamado de duplo-cego, nem mesmo os pesquisadores saberão quais pacientes estão sendo tratados com o suplemento. Por meio de um programa de computador, o paciente receberá um código direcionando para a medicação ou o placebo.

Tanto o placebo quanto o suplemento são iguais, por isso, somente no final os pesquisadores terão acesso ao código para saber quais pacientes receberam medicamento.

Fonte: Pesquisadores consultados.


Cuidadores são afetados

Levantamento feito pela Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) mostra que mais de 50% dos cuidadores em todo o mundo dizem que sua saúde foi prejudicada como resultado de suas responsabilidades de cuidar de pacientes, apesar de expressar sentimentos positivos sobre seu papel.

Durante o estudo, que será realizado no Estado, a neurologista e pesquisadora Alyne Mendonça destaca que será feita uma avaliação de qualidade de vida do paciente, onde também será analisada a qualidade de vida do cuidador.

“Se eu consigo melhorar a qualidade de vida do cuidador, isso também é um desfecho positivo, já que ele sofre bastante quando se trata de Alzheimer”, aponta.

A médica Sarha Queiroz, doutoranda em Ciências Farmacêuticas, ressalta que a tarefa de cuidar muita vezes é desafiadora, já que é preciso mobilizar muitos recursos sociais, emocionais, psíquicos e financeiros.

Imagem ilustrativa da imagem Voluntários no Estado testam remédio contra Alzheimer e Parkinson
Sarha Queiroz: qualidade de vida |  Foto: © Divulgação

“Estudos mostram que os cuidadores apresentam risco de estresse, depressão, distúrbio do sono e problemas físicos. Dessa forma, o impacto desta pesquisa atingirá não somente a ciência, mas também todo seio familiar, através da melhora da qualidade de vida de seu cuidador”.

Confiança no estudo

Foi em 2020 que a farmacêutica Kamila Mezadri Carlete, de 38 anos, e sua família, começaram a perceber os primeiros sintomas de Alzheimer no pai, de 74 anos. Agressividade e esquecer coisas básicas, como se havia jantado, foram alguns dos sintomas percebidos pela família.

Kamila conta que seu pai iniciou o tratamento ainda em 2020. “De lá para cá, temos reparado o aumento do esquecimento e da confusão mental”.

A farmacêutica teve conhecimento do estudo, que será feito no Estado, e voluntariou seu pai para participar. “Acredito muito nesse estudo”, afirma.
Apesar de não saber se seu pai receberá o suplemento ou placebo, Kamila está confiante. “Temos de fazer o que podemos para retardar um pouco a doença”.

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