Vida nova após três paradas cardíacas
Marlon da Silva foi atropelado, sofreu três ataques cardíacos e ficou 45 dias na UTI. Hoje, ele é adepto dos exercícios físicos
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Marlon da Silva, de 31 anos, garante que voltou a viver após os exercícios físicos. Em agosto do ano passado ele foi atropelado e, por causa disso, sofreu três paradas cardíacas, fez uma cirurgia em um dos olhos e ficou internado 45 dias na UTI.
Atualmente, após começar a treinar, o morador de Alfredo Chaves, região Serrana do Estado, já voltou a andar e fazer suas tarefas sem auxílio de alguém.
“Após três paradas cardíacas, decidi mudar de vida. Treino duas vezes por semana. Lá, faço musculação e aeróbica com o acompanhamento de personal trainer”.
Marlon conta que era encarregado de obra em uma empreiteira e que o acidente aconteceu na BR-262, próximo ao município de Venda Nova do Imigrante, quando ele estava no acostamento da pista verificando o automóvel que ele dirigia da empresa e uma caminhonete bateu nele.
“Só me lembro que uma caminhonete bateu na porta do meu veículo, fui atropelado e arremessado longe. Sobre o acidente, só me lembro disso”, disse ele.
Marlon contou também que faz tratamento de fisioterapia e fonoaudiologia e que antes do acidente levava uma vida sedentária. “Tenho acompanhamento com outros profissionais. Estão dando certo e me devolveram a autoestima”.
De acordo com o personal trainer Eriki Gaigher, de 36 anos, que acompanha Marlon nos treinos, ele é um aluno dedicado.
“Ele já malha aqui conosco há uns três meses e já evolui bastante. Claro que isso tudo tem sido um trabalho em equipe com a fisioterapeuta. Aqui, fazemos um trabalho para fortalecer a musculatura dele das pernas, dos braços. Ele está até andando de bicicleta sozinho”.
Marlon é casado há dois anos com a assistente administrativo Kátia Sezini, de 49 anos, que garante que a cada dia só vê a evolução de seu esposo. “Depois de tudo o que vimos, é gratificante vê-lo assim. Cada dia uma surpresa maravilhosa. Só temos que agradecer a Deus e a todos os profissionais envolvidos na recuperação dele”.
A fisioterapeuta Bruna Carneiro conta um pouco da evolução de Marlon: ”O Marlon é meu paciente desde novembro do ano passado. Apresentava mobilidade reduzida devido ao traumatismo cranioencefálico. Chegou cadeirante, com deficiência grave na função mobilidade articular dos membros superiores e inferiores com fraqueza muscular. Com plano de trabalho e força de vontade, a evolução foi vista”.
Marlon da Silva
“Foram dias difíceis, mas não perdi a fé na reabilitação”
Depois de sofrer três paradas cardíacas e correr risco de vida, Marlon da Silva disse que pensou que não voltaria a andar. “Nunca perdia a fé. Foram dias difíceis, mas que já ficaram no passado. Hoje estou bem melhor e até já ando de bicicleta”, conta.
A Tribuna – Qual foi o maior desafio nessa recuperação?
Marlon da Silva – Foram vários os desafios. Mas, provavelmente, foi começar a praticar exercícios físicos. Além dos bloqueios físicos, tinham os emocionais. Aos poucos a gente consegue.
Na sua rotina, o que você já voltou a fazer normalmente?
Já faço tudo praticamente sozinho. Ando, ando de bicicleta, treino, faço café. Está tudo indo para o caminho certo nessa reabilitação.
- Qual conselho você dá para quem quer começar a malhar após um acidente?
Se os médicos liberaram, comecem hoje mesmo. Exercícios fazem bem para o corpo, para a mente. Não desistam de vocês.
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