Empresária deixa a indústria para trabalhar com a mãe: “Aqui me faz mais feliz”
A jovem de 18 anos saiu de casa para ir trabalhar na indústria, mas, mesmo com uma boa colocação, não se sentia realizada
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A qualidade de vida é algo que sempre buscada, mas muitas vezes as pessoas acabam abrindo mão desse princípio por causa do trabalho e da estabilidade financeira. Durante um tempo, foi o que fez a empresária Liliana Catani Brambati, de 30 anos.
Nascida na zona rural de Anchieta, aos 18 anos ela saiu de casa para ir trabalhar na indústria, mas, mesmo com uma boa colocação, não se sentia realizada.
“Fui trabalhar em uma cooperativa de laticínios enquanto fazia faculdade de Ciências Contábeis e, depois de dois anos de faculdade, comecei a trabalhar em Guarapari com contabilidade. Eu gostava da área contábil, mas me sentia como um robô e nunca estive realizada”.
Após alguns anos trabalhando com contabilidade, Liliana resolveu voltar para casa da mãe, Bebel Catani, 56 anos, em Olivânia, em Anchieta, e ajudá-la nos biscoitos caseiros doces e salgados, vendidos no entorno da comunidade.
“Minha mãe já tinha uma produção caseira, mas não havia uma cozinha legalizada pela vigilância sanitária, e as vendas eram restritas ao Vale do Corindiba. Então voltei, registramos o nome da empresa e adequamos a cozinha”.
Mas ainda assim a segurança de se trabalhar com carteira assinada falou mais alto e ela aceitou convite para trabalhar na Secretaria de Agricultura de Anchieta, como técnica em Agropecuária, curso que fez ainda na adolescência.
“É muito difícil abrir mão da CLT, pois você sabe qual será seu faturamento, ao contrário de empreender, pois você não sabe como vai ser, quanto você vai receber por mês”.
Ela resolveu ficar na secretaria por mais quatro anos. Em paralelo, ajudava a mãe. “Fomos ampliando as vendas e produção. Foi um período de crescimento pessoal muito grande”.
Na pandemia, quando as vendas por delivery aumentaram em vários setores, elas viram uma chance de trabalho e começaram a fazer vendas pelo Instagram e entregas uma vez por semana em Guarapari.
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“Como cresceu o negócio familiar, saí da secretaria e comecei a fazer cursos de gastronomia para aperfeiçoar as receitas da empresa, que eram receitas caseiras da minha avó e de minha mãe”.
Ela explicou a mudança vivenciou. “Eu percebi que minha qualidade de vida melhorou muito desde que voltei para casa. Eu estava em um nível de estresse alto e sofria com ansiedade. Minha qualidade de vida é muito melhor, principalmente por trabalhar em algo criado por minha mãe, no lugar onde tenho minhas raízes. Trabalho mais do que antes, mas é muito mais saudável para mim”.
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