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Saúde

Trombose faz mais vítimas entre jovens, dizem médicos

Sedentarismo, uso de anticoncepcional e tabagismo estão entre os principais motivos da doença durante a juventude


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Imagem ilustrativa da imagem Trombose faz mais vítimas entre jovens, dizem médicos
A angiologista Fanilda Barros ressalta que, em viagens longas, é importante se movimentar para evitar trombose |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Neste mês, é comemorado o Dia Nacional de Combate e Prevenção à trombose, doença que ocorre quando há formação de coágulo dentro de veias profundas, sendo mais comum nas pernas.

Apesar de ser mais incidente nos idosos, a doença tem feito mais vítimas entre o público jovem.

“Cada vez mais o número de pessoas jovens com trombose tem aumentado”, afirma o cirurgião vascular Brenno Seabra.

Há explicação para o aumento no número de casos.

“As mulheres estão usando anticoncepcional mais cedo. Além disso, a população tem estado cada vez mais sedentária e ganhado peso, que são fatores de risco”.

“Outro ponto que temos observado nas gerações mais novas é o aumento no número de tabagistas, usando até mesmo cigarro eletrônico, que também é fator de risco”, alerta Brenno.

Segundo a angiologista e ecografista vascular Fanilda Barros, vice-diretora científica da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional Espírito Santo (SBACV-ES), existem vários fatores para o surgimento da enfermidade, sendo o mais comum o da imobilização do corpo.

“Pacientes que ficaram acamados por bastante tempo têm um risco maior de ter trombose. Quando a pessoa faz uma viagem longa, sempre recomendamos que ela tire um tempo para andar”.

Ela citou que pessoas com trombofilia, câncer e grávidas têm mais predisposição a ter a doença.

Em relação aos sintomas da trombose venosa, a médica cita: dor nas pernas, inchaço e mudança de cor. Ela afirmou que os sintomas costumam aparecer unilateralmente, não atingindo as duas pernas. Ao notar essas mudanças no corpo, é preciso procurar um especialista.

O angiologista, cirurgião vascular e endovascular, Giuliano de Almeida Sandri, secretário da SBACV-ES, comentou que o tratamento para a doença depende de cada situação, podendo ser feito com o uso de anticoagulante e, em casos muito graves, é realizada a trombectomia, que é a aspiração dos coágulos para liberar o fluxo.

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O cirurgião vascular Brenno Seabra explica que mulheres estão usando anticoncepcional mais cedo e toda a população está mais sedentária |  Foto: Dayana Souza/AT - 03/12/2019

Tratamento

Sobre medidas preventivas da doença, além de movimentar o corpo com exercício físico, o médico recomenda alimentação saudável e sono de qualidade.

Fique por dentro

Números no Estado

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), somente neste ano, de janeiro a julho, foram realizadas 70 internações por trombose venosa. No ano passado, foram 156 internações e em, 2021, o número caiu para 144.

Trombose venosa

- A trombose venosa ocorre quando coágulos (trombos) são formados em veias.

- Possui dois tipos: a profunda, com coágulos formados no interior das veias profundas – nela, a forma mais grave da doença pode ser desenvolvida –, e a superficial (com trombos formados nas veias mais superficiais do corpo), também conhecida como flebite.

- A maneira que o sangue corre no vaso é líquida e, ao virar um coágulo, para de fluir.

Risco

- O maior risco da existência do coágulo é que este se fragmente e que os pedaços dele se soltem, podendo chegar ao pulmão. Isso causaria a embolia pulmonar, doença que tem alta taxa de mortalidade.

Sequelas

- Embora menos grave, mas não menos importante, é a sequela que a trombose pode deixar, conhecida como síndrome pós-trombótica.

- Nela, o paciente fica com a perna inchada, dolorida, com alteração da cor, podendo até ocorrer a formação de feridas, o que afeta a qualidade de vida do paciente.

- Com o tratamento sendo seguido corretamente, as sequelas podem ser amenizadas.

Sintomas

- O cirurgião vascular Brenno Seabra aponta que os principais sintomas são: dor súbita na perna (não é dor crônica), inchaço, alteração de coloração e pele mais endurecida, geralmente na coxa ou panturrilha.

- De acordo com a angiologista e ecografista vascular Fanilda Barros, que é vice-diretora científica da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional Espírito Santo, os sintomas costumam aparecer unilateralmente e em geral não atingem as duas pernas.

- Ao notar essas mudanças no corpo, a pessoa deve procurar um médico imediatamente.

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Médico avalia paciente: dor súbita na perna, inchaço e alteração de coloração são sintomas |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Predisposição

- Pessoas com trombofilia, câncer e grávidas têm mais predisposição a ter a doença. O histórico familiar também é outro fator, além do uso de anticoncepcional.

- Outros fatores de risco são falta de movimentação, obesidade, colesterol elevado, cirurgias e hospitalizações prolongadas, consumo de álcool e tabagismo.

- Costuma acontecer mais em mulheres e é uma doença que afeta todas as idades.

- As Cirurgias plásticas têm altos índices de trombose, porque levam à imobilidade, assim como as ortopédicas.

Tratamento

- É feito com o uso de remédios. Quando o caso é muito grave, é realizada a trombectomia, que é a aspiração dos coágulos para liberar o fluxo, segundo os especialistas.

Trombose arterial

- Além das venais, também há a trombose arterial. Esta ocorre quando há a formação de um coágulo sanguíneo que bloqueia completamente ou prejudica o fluxo de sangue de uma artéria.

- Ela provoca condições graves de saúde, como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto.

- É considerada muito grave, mas não é a forma mais comum de trombose. A que mais ocorre é a venosa.

- A principal causa para esse tipo de trombose é o depósito de gordura nas artérias (aterosclerose).

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