Pneumonia e até gripe aumentam risco de infarto
Médicos alertam que essas doenças podem facilitar a inflamação dos vasos sanguíneos, causando rompimentos de placas de gordura
Escute essa reportagem
Com a chegada do inverno, doenças respiratórias como pneumonia, bronquite e até gripe ocorrem com mais frequência, o que pode aumentar o risco de infarto, afirmam médicos.
O cardiologista Diogo Barreto, coordenador do Serviço de Cardiologia do Hospital Evangélico de Vila Velha, afirmou que essas enfermidades podem aumentar a inflamação dos vasos sanguíneos, fazendo com que as placas de gordura presentes neles se rompam.
Com isso, há a formação de um coágulo que entope o vaso. “As doenças podem instabilizar e levar à ruptura das placas de gordura, por exemplo, dentro da artéria do coração, o que pode ocasionar o infarto”.
De acordo com Leandro Costa, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, as doenças respiratórias aumentam o risco de infarto porque há um crescimento de demanda metabólica frente aos processos infecciosos.
“Você exige mais do seu corpo para dar conta do combate às infecções. Com elas, há o desequilíbrio do organismo, o que pode predispor a ter eventos cardiovasculares negativos”.
Além das doenças que ficam mais comuns no inverno, o risco de um ataque cardíaco também é aumentado por conta do frio.
Leandro explicou que, devido às baixas temperaturas, os vasos sanguíneos sofrem com a vasoconstrição (estreitamento). “Isso causa a diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, fazendo com que se eleve a pressão. Esse aumento é o plano de fundo para que aconteçam os problemas cardiovasculares”.
Para o cuidado da saúde neste período, Eduardo Castro, cardiologista da Rede Meridional, recomendou que a população se vacine contra a gripe e evite aglomerações e locais fechados.
“É importante utilizar roupas quentes, que cubram a região do pescoço. Também é fundamental evitar a exposição ao frio em horários como 4 e 5 horas da manhã”.
Cuidados com a saúde no inverno
A modelo e miss Cariacica 2023, Esther Peixoto, de 24 anos, e sua avó, a aposentada Niva Lima, de 66 anos, se cuidam bastante em relação à saúde.
A jovem contou que sua mãe, Mara Lima, e sua avó já infartaram e, por isso, fica sempre atenta aos sinais que possam ter.
Todos os dias ela mede a própria pressão e a de Niva. Com a chegada do inverno, ela afirmou que estão ainda mais cuidadosas.
“A gente evita sair de casa no inverno, principalmente em locais tumultuados e fechados. Além disso, temos atenção com o frio e ficamos sempre agasalhadas. E se alguém da família fica doente, evitamos contato, principalmente perto da vovó”, disse Esther.
Leia mais
Até senha de rede social e fotos vão parar em testamentos
Juiz determina que homem pague tratamento psicológico para ex no Sul do ES
Fique por dentro
Doenças respiratórias
Acontecem com mais frequência no inverno, segundo médicos. Gripe, pneumonia e bronquite são alguns exemplos.
De acordo com o cardiologista Diogo Barreto, elas aumentam o risco de infarto por aumentarem a inflamação dos vasos sanguíneos, fazendo com que as placas de gordura presentes neles se rompam, criando um coágulo que entope o vaso.
Segundo Leandro Costa, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, as doenças respiratórias aumentam o risco de um ataque cardíaco porque há o aumento de demanda metabólica frente aos processos infecciosos.
Frio do inverno
Além das doenças que ocorrem com mais frequência no inverno, as baixas temperaturas também podem aumentar o risco de ataque cardíaco.
De acordo com o Instituto Nacional de Cardiologia, as baixas temperaturas do inverno fazem aumentar em 30% o risco de infarto.
Devido ao frio, os vasos sanguíneos sofrem com a vasoconstrição (estreitamento). Isso causa a diminuição do calibre deles, fazendo com que se eleve a pressão. Esse aumento é o pano de fundo para que aconteçam os problemas cardiovasculares.
Essa condição normalmente acontece em temperaturas abaixo de 14ºC, informou o cardiologista.
Grupo de risco
De acordo com a cardiologista Tatiane Emerich, estão no grupo de risco pessoas que já apresentam doenças do coração como insuficiência cardíaca ou que são portadoras de fatores de risco para desenvolver a doença cardiovascular, como diabéticos e hipertensos.
Idosos acima de 75 anos também fazem parte.
O que fazer
É importante se vacinar contra a gripe e evitar aglomerações e locais fechados.
Em relação à proteção contra o frio, é fundamental utilizar roupas quentes, principalmente que cubram a região do pescoço, e evitar a exposição ao frio em horários mais complexos, como 4 horas e 5 horas da manhã.
Sintomas de infarto
Falta de ar, suor frio, dor súbita no peito, que irradia para pescoço, costas, ombro e braço; tontura e desmaio, fadiga repentina, falta de apetite, indigestão e náusea.
Fonte: Médicos consultados.
Leia mais
ES registra mais uma morte por febre maculosa
Festa do Morango com mais de meia tonelada de torta na região Serrana do ES
Comentários