ES registra mais uma morte por febre maculosa
Este é o segundo óbito pela doença registrado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) esta semana
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O Espírito Santo registrou nesta quinta-feira (22) mais uma morte causada pela febre maculosa. A doença, transmitida pela picada do carrapato, já foi confirmada em 12 pessoas nas cidades capixabas neste ano.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o óbito confirmado pela doença ocorreu em Conceição da Barra, na região Norte. Na última segunda-feira (19), outra morte pela febre maculosa já havia sido registrada, desta vez em Barra de São Francisco, no Noroeste do Estado.
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Além dessas, outra morte foi registrada este ano pela Sesa. Nesta quinta, a Secretaria corrigiu a informação deste caso, que havia sido contabilizado nos números do ano passado. O paciente iniciou os primeiros sintomas da doença em dezembro de 2022, mas faleceu no dia 01 de janeiro de 2023.
Com a atualização deste número, o ano de 2022 passa a ter 25 casos confirmados e 10 óbitos registrados pela Sesa. Já em 2023, já são 12 casos confirmados pela Secretaria, e três óbitos, ocorridos nas cidades de Colatina, Barra de São Francisco e Conceição da Barra.
A DOENÇA
A febre maculosa é transmitida aos seres humanos pela picada de carrapatos infectados com bactérias do gênero Rickettsia, mas não há contágio de pessoa para pessoa.
A manifestação de sintomas é variada, podendo apresentar uma fase de sintomas gerais, como febre alta, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos, ou a fase específica, como vermelhidão nas pernas, mãos e pés. Já o tratamento é realizado com antibióticos.
Desde o ano passado, o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) passou a realizar exames de PCR para a febre maculosa, auxiliando no diagnóstico dos casos suspeitos.
"Em relação ao período de maior ocorrência de casos, esse acontece entre os meses de agosto a outubro, devido ao aparecimento da fase de ninfa do carrapato", informa a Sesa.
A secretaria também afirmou que entre as ações realizadas pela pasta estão o alerta aos profissionais da Saúde para suspeição da doença; capacitações aos profissionais médicos, enfermeiros e agentes de saúde; visitas aos locais para acompanhamento in loco; além do trabalho de educação de saúde orientada pela Sesa e promovida pelos municípios.
SAIBA MAIS
> A doença
- Transmitida aos seres humanos pela picada de carrapatos infectados pela bactéria Rickettsia rickettsii.
- Infecção caracterizada por febre alta e elevada taxa de mortalidade.
- Zonas rurais, de mata, floresta e com presença de animais silvestres são os principais ambientes onde o carrapato é encontrado.
> Sintomas
- Gerais: Febre alta, dor de cabeça, mal-estar, dor muscular, náuseas e vômitos.
- Específico: Manchas avermelhadas nas pernas, mãos e pés, entre o 2º e 5º dia de evolução da doença.
> Tratamento
- Realizado com antibióticos (doxiciclina e cloranfenicol ).
- O quanto antes for iniciado, maiores as chances de evitar o agravamento da doença.
> Prevenção
- Evite áreas infestadas por carrapatos. Utilize repelente. O mesmo que espanta mosquitos também reduz as chances de picadas de carrapato.
- Dê preferência a roupas com mangas compridas e de cores claras, pois isso facilita a visualização dos carrapatos.
- Utilize calçados fechados.
- Se tiver cabelo comprido, mantenho-o preso e, se possível, utilize chapéu ou boné.
- Faça autoinspeção regularmente para verificar a presença de carrapatos.
> Como eliminar o carrapato?
- Remova-o com o auxílio de uma pinça, realizando pequenos movimentos de torção.
- Não esmague o carrapato com as unhas nem com outro material. Isso pode liberar as bactérias e infectar áreas lesionadas.
- Evite puxar o carrapato diretamente, isso pode fazer com que a cabeça dele se desprenda e fique na pele.
- Utilize luvas no procedimento.
- Faça a limpeza da pele com água e sabão.
- Coloque o carrapato em um recipiente com álcool e o mantenha fechado para matá-lo.
> Casos no ES
- Até o momento, 12 casos foram confirmados, todos em cidades do interior.
- 3 mortes foram registradas (em Colatina, Barra de São Francisco e Conceição da Barra).
- Em 2022, durante todo ano, foram 25 casos confirmados. Deste total, 10 morreram.
Fonte: Pesquisa AT e Sesa
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