“Pela 2ª vez não deu para chegar ao hospital”, diz mãe que deu à luz em terminal
Tainara Oliveira, de 29 anos, deu à luz sua caçula, Thallya, no chão do Terminal de Itaparica com ajuda de duas passageiras
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Passageiros que esperavam o Transcol no Terminal de Itaparica, na tarde da última terça-feira (8), foram surpreendidos com o nascimento de um bebê.
Agora mãe de três filhos, a cuidadora de idosos Tainara dos Santos Oliveira, de 29 anos, deu à luz sua caçula, Thallya Santos de Oliveira, no local. É a segunda vez que ela dá à luz antes de chegar ao hospital.
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O bebê nasceu com 47 centímetros e pesando 2,820 quilos no chão do terminal. Duas técnicas de enfermagem ajudaram no parto. Logo depois, os socorristas do Samu chegaram e encaminharam mãe e filha ao hospital.
Apesar da situação ser digna de filme, esta não é a primeira vez que Tainara dá à luz de forma inusitada. O seu segundo filho, Jorge Bruno, agora com 5 anos, nasceu dentro do carro de um familiar também a caminho do hospital, em 26 de dezembro de 2017.
“Naquele dia, por volta de 11h30, comecei a sentir dor e fui para o hospital, mas não deu tempo. Ele nasceu no carro do meu primo, por volta de 12h, a caminho do hospital. E agora de novo, pela segunda vez, não deu para chegar ao hospital”.
A cuidadora de idosos conta que dois dos três filhos – Luis Fernando, de 9 anos, Jorge Bruno, 5, e Thallya – nasceram apressadinhos. “Apenas o meu filho mais velho nasceu em um hospital”.
Tainara, que permanece internada no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), disse que sua filha nasceu para brilhar.
“Eu creio que o propósito da minha filha é ser uma pessoa abençoada e iluminada por Deus. Sinto gratidão e alegria”. Thallya estava prevista para nascer no dia 18 deste mês. Mãe e filha passam bem.
“Só conseguia sentir alegria”
A Tribuna – Para onde você estava indo antes de sua filha nascer?
Tainara dos Santos Oliveira – Sou cuidadora de idosos e estava no trabalho. De repente, comecei a me sentir mal e pedi para ir embora para o hospital. Na hora que eu cheguei no Terminal de Itaparica, tive que sentar, porque estava passando muito mal e senti que estava dando à luz minha terceira filha.
Você teve ajuda?
Eu estava sozinha. Na hora que eu sentei no terminal, senti que a minha bolsa estava estourando. Uma moça me ajudou a sentar no banco e chamou o segurança. Nesse momento, ele chamou o Samu e já me colocaram deitada, porque eu sentia que minha filha iria nascer.
Como você se sentiu?
Eu estava bem tranquila a todo momento. Só conseguia sentir alegria e gratidão.
Como ela é?
Ela nasceu linda, foi tudo muito emocionante. Ela veio ao mundo com 47 centímetros e pesando 2,820 quilos.
Todos os seus filhos resolveram se apressar?
Todos. Quando eu tive o mais velho, eu cheguei no hospital às 9 horas e ele nasceu às 9h45. O do meio não deu tempo de chegar no hospital e foi dentro do carro, em menos de meia hora. E agora, a minha filha no terminal.
O que você sente agora?
Agora eu só agradeço a Deus e ao pessoal do Terminal de Itaparica que me ajudou. Só sinto gratidão, só consigo agradecer. Eu creio que o propósito da minha filha é ser uma pessoa abençoada e iluminada por Deus. E se for da vontade dele, ele vai continuar a abençoando em todos os momentos de sua vida.
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