X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Na fila de transplante, DJ de 65 anos sonha em tocar com Alok

Olira Carvalho, a Mamy Blue, começou na carreira em 2019 e divide seu tempo entre a música e as hemodiálises no hospital


Imagem ilustrativa da imagem Na fila de transplante, DJ de 65 anos sonha em tocar com Alok
Mamy Blue faz hemodiálise três vezes por semana desde fevereiro e neste mês entrou na fila de transplante de rim, devido a complicações do diabetes |  Foto: Fábio Nunes/AT

Se você acredita que a idade é um empecilho para sonhar, a aposentada Olira Carvalho, de 65 anos, pensa totalmente diferente. Conhecida como DJ Mamy Blue, foi em 2019 que ela começou a tocar e hoje sonha se apresentar com o DJ Alok.

A DJ, que já tocou em várias festas do Estado, se apresentou ontem durante na 11ª Caminhada de Sensibilização para Doação de Órgãos, promovida pelo Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), na Praia da Costa, em Vila Velha. Sua presença ali tinha um motivo especial: Mamy Blue está à espera de um transplante de rim.

Ela, que realiza hemodiálise três vezes na semana desde fevereiro, em uma clínica particular, neste mês entrou na fila de transplante de rim do HEVV.

A necessidade de um novo rim surgiu devido a complicações ocasionadas pelo diabetes, que também provocou a perda de visão dos dois olhos da DJ Mamy Blue.

Posteriormente, após cirurgia realizada no HEVV, ela recuperou a visão de um dos olhos.

“Tenho consciência da fila de transplante e sei que não sou a primeira. Mas estou nesta campanha para conscientizar as pessoas o quão importante é a doação de órgãos, porque são muitas que estão precisando e podem ser beneficiadas com apenas um doador”, afirmou.

“Quem doa, doa vida, alegria”, conclui a DJ, que esteve ao lado do urologista Rodrigo Tristão, a nefrologista Luciana Borba e do cirurgião Francisco Nolasco durante o evento.

Campanha

O Hospital Evangélico, que realizou a 11ª Caminhada, é habilitado para realizar transplantes de rim, córnea, esclera, coração e fígado.

Neste ano, o hospital realizou 24 transplantes renais, quatro de fígado e 71 de córneas. Mas o desconhecimento do processo faz com que muitas famílias recusem a doação.

O coordenador do programa Cirurgia Hepatobiliopancreática e Transplante Hepático do HEVV, Francisco Nolasco, explica que a conscientização da doação de órgãos é muito importante não apenas pelo fato de doar.

“A cada ano, a população envelhece mais e a chance de ter a necessidade de receber um órgão é muito maior do que ter a oportunidade de doar um órgão, já que os doadores, hoje, no nosso País, surgem após morte encefálica”.

Mamy Blue DJ: “O que me move é a família”

Imagem ilustrativa da imagem Na fila de transplante, DJ de 65 anos sonha em tocar com Alok
Mamy Blue entre amigos |  Foto: Fábio Nunes/AT

A aposentada Olira Carvalho, de 65 anos, conhecida como DJ Mamy Blue, conversou ontem com a reportagem, durante caminhada para conscientização de doação de órgãos.

A Tribuna – Quando se interessou por música eletrônica?

Mamy Blue – Foi no ano de 2007, quando comecei a frequentar as raves com minha filha Ananda. O pessoal era mais jovem e eu mais velha, apenas na idade porque minha cabeça sempre foi de jovem (risos). Eles achavam estranho e engraçado ao mesmo tempo eu gostar do eletrônico.

Quando me aposentei, surgiu a oportunidade de fazer um curso de DJ, em 2019, onde teve o lançamento da Mamy Blue.

Qual a inspiração para o nome?

Assisti a uma série muito linda e lá tem uma DJ que se chama Blue, me inspirei nela.

Com a descoberta de que precisará de um rim, pensou em parar de tocar?

Não. Continuo tocando. No dia que faço hemodiálise, saio mais debilitada, mas depois estou melhor. O que me move é minha filha, o apoio da família e de quem cuida de mim na clínica. Isso tudo me motiva, assim como viver. Ainda sonho em poder tocar um dia com o Alok.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: