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Cidades

Mudança na alimentação pode evitar Alzheimer, diz estudo

Adesão a sete práticas, como evitar sobrepeso, por exemplo, leva a uma incidência até 43% menor de quadros de demências


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Imagem ilustrativa da imagem Mudança na alimentação pode evitar Alzheimer, diz estudo
Lúcia Maria da Silva se alimenta de maneira saudável há 22 anos para prevenir doenças como o Alzheimer |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Manter a atividade cerebral, a alimentação saudável e exercícios físicos regulares é, reconhecidamente, uma forma de prevenir doenças. Uma nova pesquisa, no entanto, fez novas descobertas sobre os efeitos de um bom estilo de vida: a mudança na alimentação, associada a cuidados integrais, pode evitar o Alzheimer.

O estudo foi publicado na revista científica Neurology (Neurologia) e conduzido por pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Mississipi, nos Estados Unidos. A pesquisa concluiu que a adesão a sete práticas centrais levaram a uma incidência de 6% a 43% menor das demências, inclusive o Alzheimer.

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Permanecer ativo, adotar uma alimentação saudável, evitar o sobrepeso, não fumar, manter a pressão arterial adequada, controlar o colesterol e a taxa de açúcar no sangue são as práticas indicadas para a prevenção à doença, de acordo com a pesquisa.

A médica nutróloga da Rede Meridional Sandra Lucia Fernandes reforça que uma rotina de vida saudável, evitando o fumo, o álcool, as drogas ilícitas, e com prática de atividade física regular, boa qualidade de sono e alimentação saudável influenciam diretamente na saúde neurológica e psíquica.

“Drogas, cigarros e noites mal dormidas contribuem para a piora da memória. Para prevenir doenças como o Alzheimer, os alimentos aliados são os peixes, a sardinha, o atum e as frutas, principalmente as vermelhas, que são mais ricas em antioxidantes. É preciso evitar gorduras saturadas, como frituras”.

Dietas baseadas em alimentos como grãos, azeite e oleaginosas, como amêndoas, nozes e castanhas, também atuam na prevenção do Alzheimer, revela a nutricionista Ana Paula Braun.

A especialista explica as relações entre a alimentação e o funcionamento do cérebro.

Imagem ilustrativa da imagem Mudança na alimentação pode evitar Alzheimer, diz estudo
Alimentos fast food e ultraprocessados aumentam o risco de desencadear demência |  Foto: Freepik

“Existe uma relação direta entre hábitos alimentares e a função cognitiva, e há alimentos que ajudam a nos manter mais concentrados, melhorar a memória e prevenir diversos distúrbios neurológicos. Por outro lado, a alimentação rica em ultraprocessados afeta as funções cognitivas”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 55 milhões de pessoas vivam com algum tipo de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer, que atinge sete entre 10 pessoas nessa situação em todo o mundo.

Hábitos saudáveis para prevenir doenças

Há 22 anos, a dona de casa Lúcia Maria da Silva, de 50 anos, segue uma estratégia integral de cuidados para proteger a saúde cerebral e evitar doenças, como o Alzheimer. Alimentação saudável, exercício físico regular e bons hábitos de sono são práticas diárias para a dona de casa.

Ela dedica, em média, duas horas por dia para fortalecer o corpo, além de cozinhar e preparar refeições saudáveis. Rúcula, agrião, escarola e maçã estão entre os alimentos preferidos na dieta de Lúcia.

“Costumo dormir e acordar cedo, malhar diariamente e fazer refeições saudáveis. Ainda pedalo ou caminho, à tarde. Fiz essa escolha por cuidar da minha saúde e me sinto bem física e mentalmente”.

Frutas vermelhas ajudam na prevenção

Alzheimer

A Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória. A doença compromete, de forma progressiva, as atividades diárias da vida e está relacionada a uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e a alterações comportamentais.

A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de mais idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nesse público.

Costuma evoluir para vários estágios de forma lenta. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre oito e 10 anos.

Sintomas

O primeiro sintoma, e o mais característico, do Alzheimer é a perda de memória recente.

Outros sintomas são a repetição da mesma pergunta várias vezes, a dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos, a incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas, a dificuldade para dirigir e encontrar caminhos conhecidos e a irritabilidade.

Pesquisa

estudo publicado na revista científica Neurology concluiu que a adesão a sete práticas centrais levaram a uma incidência de 6% a 43% menor das demências, inclusive o Alzheimer. Dentre as práticas, há algumas relacionadas à mudança da alimentação.

Permanecer ativo, adotar uma alimentação saudável, evitar o sobrepeso, não fumar, manter a pressão arterial adequada, controlar o colesterol e a taxa de açúcar no sangue são as práticas indicadas para a prevenção à doença.

Alimentação

Especialistas afirmam que há relação entre hábitos alimentares e a função cognitiva, e há alimentos que ajudam a manter mais concentrados, melhorar a memória e prevenir diversos distúrbios neurológicos.

Para prevenir doenças como o Alzheimer, os alimentos aliados são os peixes, sardinha, atum e frutas, principalmente as vermelhas, que são mais ricas em antioxidantes.

Dieta rica em alimentos como grãos, azeite e oleaginosas, como amêndoas, nozes e castanhas, também atua na prevenção do Alzheimer.

Fonte: Ministério da Saúde, Universidade do Mississipi e especialistas consultados.


Opiniões

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    Alimentos ricos em flavonoides, como as frutas vermelhas, reduzem o risco de desenvolver Alzheimer” - Ana Paula Braun, nutricionista
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    "Manter o cérebro ativo, fazer boas leituras e novas rotinas estimulam os neurônios a se manterem saudáveis” - Sandra Lucia Fernandes, nutróloga
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