Mãe e filha têm reencontro emocionante após 36 anos no ES
Maria Ferreira, 59, mora em São Paulo e perdeu contato com a mãe Alvina Maria, 77, quando ela se mudou para o Espírito Santo
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Após 36 anos de saudades, incertezas e esperança, um reencontro tão aguardado entre mãe e filha aconteceu. A separação entre Alvina Maria de Jesus, 77 anos, e sua filha Maria Ferreira, 59, teve fim na última quinta-feira (31), graças ao empenho da assistente social Ana Andreia Barcelos Serafim, que trabalha na unidade de saúde de Andorinhas, em Vitória.
Ana Andreia conta que conheceu Alvina no início dos anos 2000, quando a Prefeitura de Vitória estava reassentando moradores que viviam em casas de risco ou palafitas para conjuntos habitacionais.
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“Eu a acompanhei quando ela herdou o direito à casa do filho que faleceu. Acompanhei sua rotina de trabalho ajudando a cuidar dos filhos de pessoas da comunidade ou vendendo chup chup e a orientei a buscar um benefício social quando ela completou 65 anos”.
Ana Andreia tentou encontrar a família dela, mas não conseguiu. Ana Andreia é responsável por ações educativas com mulheres que, ao realizar uma visita ao Asilo dos Idosos de Vitória em julho deste ano, reencontrou Alvina entre os moradores da Instituição.
“Eu tomei um susto ao vê-la ali. Quando nos falamos, ela me reconheceu e contou que havia sofrido um acidente em casa e precisou ser levada para um hospital. Como não tinha família e não poderia voltar a morar sozinha, ela foi acolhida pelo asilo”, lembrou Andreia.
A auxiliar de enfermagem Fabíola Nascimento, da sala de vacina do posto, cruzou os nomes de mãe e filha e encontrou três pessoas. Porém, apenas uma tinha idade para ser filha de Alvina e morava no estado de São Paulo.
Maria Ferreira conta que a última vez que viu sua mãe Alvina foi em 1987, em Poções, Bahia. Maria havia se mudado para São José dos Campos, em São Paulo, e em uma das visitas que fez à mãe descobriu que o irmão Valdir havia se mudado com ela para o Espírito Santo.
“Pedi que o filho da vizinha da minha mãe levasse meu endereço e telefone até meu irmão, mas nunca mais tive notícias dos dois”.
Ao longo desses 36 anos, Maria Ferreira sentiu muita falta da mãe e chegou a procurar ajuda em um programa nacional de televisão.
“Eu lembrava dela todos os dias. Meu coração sofria muito de saudades. Quando cuidava de pessoas idosas, lembrava dela e me preocupava se ela também precisava de cuidados. Graças a Deus nossos caminhos se encontraram novamente e agora não saio mais de perto da minha mãe”, conta emocionada.
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