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Fala Doutor

Médica explica doença que pode causar perda de audição

Otosclerose, que já comprometeu 60% da audição de Adriane Galisteu, tem relação com os hormônios sexuais femininos


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Imagem ilustrativa da imagem Médica explica doença que pode causar perda de audição
Débora Brizon Braga explica que a otosclerose pode ser acompanhada de zumbidos no ouvido e tontura |  Foto: Fábio Nunes / AT

Recentemente, a apresentadora Adriane Galisteu, de 51 anos, revelou que sofre de uma doença auditiva chamada otosclerose, que já comprometeu 60% de sua audição. Segundo Adriane, os sintomas da doença começaram quando seu filho, Vittorio, tinha 3 anos. Hoje ele está com 14 anos.

Além da perda auditiva, a doença pode ser acompanhada de zumbidos e tontura, conforme explicou a otorrinolaringologista Débora Brizon Braga.

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“A principal causa é genética, sendo comum em vários membros da família. Mas alguns vírus, como sarampo, distúrbios vasculares, hormonais e metabólicos também são fatores de risco para desenvolver a otosclerose”.

A médica explicou ainda que existe associação da otosclerose com hormônios sexuais femininos, sendo que a doença pode iniciar ou piorar após gestações.

A Tribuna - O que é a otosclerose e quais são suas principais causas?

Débora Brizon - "É uma doença do ouvido médio devido ao enrijecimento da cadeia ossicular, o ossículo estribo, que dificulta sua vibração.

Principal causa é genética, sendo comum em vários membros da família. Alguns vírus, como sarampo, distúrbios vasculares, hormonais e metabólicos também são fatores de risco para desenvolver a otosclerose."

De que forma a doença afeta a audição?

"A cadeia ossicular, composta por três ossículos - martelo, bigorna e estribo - é conectada à membrana timpânica e vibra com a onda sonora levando o estímulo até a cóclea (parte auditiva do ouvido interno), onde as células auditivas captam o som e o transmitem ao cérebro para o entendimento.

Com o enrijecimento do estribo, há dificuldade nessa vibração, prejudicando a audição."

Além da perda auditiva, existem outros sintomas associados à doença?

"O principal sintoma é a perda auditiva progressiva, que pode ser unilateral ou bilateral. Pode ser acompanhada também de zumbidos e tontura."

Qual a diferença entre a otosclerose e outras causas de perda auditiva?

"Existem várias causas de perda auditiva. A otosclerose inicialmente é um tipo de perda condutiva (quando a passagem do som é bloqueada no canal auditivo ou no ouvido médio) e com a evolução se torna mista (causada por problema na orelha externa/média e interna). É diagnosticada pela audiometria e tomografia computadorizada."

A perda auditiva causada pela otosclerose piora com o tempo?

"Sim, pois a doença é caracterizada por perda auditiva progressiva."

Quem é mais afetado pela doença, homem ou mulher? Crianças também podem ser acometidas?

"A otosclerose é mais comum em mulheres, numa relação de 2:1. Afeta mais a população caucasiana (com pele clara), em média entre segunda e quarta década de vida."

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da otosclerose?

"Existe associação da otosclerose com hormônios sexuais femininos, sendo que a doença pode iniciar ou piorar após gestações."

É possível prevenir a doença? A otosclerose tem relação com outros problemas de saúde?

"Não tem como prevenir a doença e ela tem relação com outras doenças."

Quais são as opções de tratamento para a otosclerose?

"A opção de tratamento para otosclerose é o procedimento cirúrgico, chamado estapedotomia, para inserção de uma prótese no local do ossículo estribo. Estudos mostram que alguns medicamentos usados para osteoporose estabilizam a doença."

A depender do tratamento, o paciente pode ter alguma limitação no dia a dia?

"Caso a perda auditiva já esteja em grau mais avançado, é um limitante para comunicação. Quanto mais cedo for o diagnóstico e a intervenção cirúrgica, pode-se reverter a perda auditiva. Mas será necessário acompanhamento, pois a doença continua evoluindo. Caso o paciente não possa ser submetido à cirurgia, é indicado uso de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI)."


Doença afetou 60% da audição de Galisteu

“É uma doença horrível que você não sabe de onde ela veio, para onde ela vai e os médicos também não sabem. Estou procurando algum médico ainda que possa ser especialista neste assunto para falar sobre isso, porque não tem”, afirmou a apresentadora Adriane Galisteu ao revelar ter otosclerose.

A revelação sobre a condição, que já afetou 60% de sua audição, aconteceu no podcast PodCringe.


Fique por dentro

Doença óssea dos ossos do ouvido, principalmente do osso da cóclea. É de origem genética, mais comum em mulheres e normalmente cursa com surdez progressiva em uma ou nas duas orelhas. Pode estar associada a zumbido e tonturas.

A otosclerose normalmente é mais comum em mulheres do que em homens, é rara na raça negra, aparece normalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, e pode piorar quando a portadora fica grávida.

A surdez é progressiva, isto é vai piorando com o tempo, lentamente ou rapidamente.

Quanto mais cedo o diagnóstico e mais cedo a intervenção cirúrgica, pode-se reverter a perda auditiva.

O principal sintoma da doença é a perda auditiva, progressiva, que pode ser unilateral ou bilateral.

Ossículo estribo - Menor osso do corpo humano e faz parte do conjunto de ossos que forma a cadeia auditiva primária.

Audiometria - Exame que mede a capacidade auditiva de uma pessoa, ou seja, a sua habilidade de ouvir e entender os sons.

Os números

- 20 a 40 anos é a idade média em que a doença aparece

- 5% da população brasileira apresenta alguma deficiência auditiva

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