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Cidades

Empresário se emociona com capa de A Tribuna

Jaines Bragança estava em busca do jornal com sua imagem aos 12 anos na capa, desde 2010, e chorou ao encontrá-lo


Imagem ilustrativa da imagem Empresário se emociona com capa de A Tribuna
Empresário Jaines Bragança mostra a capa de A Tribuna de 1990, em que aparece com sua cesta de salgados |  Foto: Fábio Nunes / AT

Era uma manhã fria de 16 de julho de 1990 quando Jaines Bragança, de 12 anos, foi fotografado por Romero Mendonça no centro de Vitória segurando sua cesta com cafezinho e salgados, que ele vendia antes de ir para a escola. A foto do menino, em meio à multidão, olhando para a lente do fotógrafo, foi capa da edição do jornal A Tribuna do dia 17.

Nesta segunda-feira (03), o empresário de sucesso Jaines Bragança, 46 anos, pode reencontrar o menino que ele foi, estampado na capa do jornal, e lembrar de sua trajetória.

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“Essa imagem é de quando eu tinha 12 anos e é bem mais que uma simples foto. Ela materializa uma fase extraordinária da minha vida e da qual eu não tinha nenhum registro. A realidade daquela época era bem diferente e os tempos eram outros. Essa foto não é sobre trabalho infantil ou sobre dificuldades, mas é sobre superação, foco, metas e sonhos, determinação e resiliência”, afirma Jaines.

O empresário trabalha no segmento de tecnologia em segurança eletrônica, engenharia, holding imobiliária, mall e loteamento, construção de casas nos EUA e no Brasil, lavoura de café, fábrica de plataformas elevatórias, P&D para soluções ambientais, fabricação de ETEs e investimento em três startups.

Voltando à história trilhada antes de todo o sucesso, o empresário conta que, desde criança, queria poder conquistar coisas melhores para pessoas ao seu redor.

Da rotina de vender alimentos no centro de Vitória, os estudos sempre o acompanharam. Aos 15 anos, ingressou na Escola Técnica Federal no curso de Eletrotécnica. No 3º ano, a mãe, que lavava roupas para fora, passou a ser zeladora no Colégio Nacional. Ele então ganhou uma bolsa de estudos para o pré-vestibular.

Aos 18 anos, ingressou no curso de Engenharia Elétrica, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e ainda fez mestrado em Automação e Robótica e MBA em Gestão Empresarial.

“No mestrado, precisei montar um alarme na igreja que eu participava, e comecei a projetar. E um amigo meu trouxe um kit pronto. Aí, como eu já tinha toda aquela bagagem de trabalhar, empreendendo em várias frentes, falei: 'Vou ganhar dinheiro com isso'”.

Ao passar férias em Águia Branca, onde vendia roupas na época da colheita do café com os tios, ele conheceu a mulher, com quem namorou por oito anos. “Casamos em 2002 e hoje temos três filhos, uma menina de 7, e dois meninos, um de 12 e um de 15 anos”.

Jaines Bragança, empresário: “Foi um momento muito marcante”

A Tribuna – O que mudou na sua vida desde aquele menino na capa de A Tribuna até seu reencontro com a página hoje (segunda-feira, 03)?

Jaines Bragança – "Então, eu comecei lá, em 90, eu já trabalhava na rua. Trabalhava como autônomo. Eu sempre estudando, sempre trabalhando. Nessa época mesmo em que foi feita a foto, eu levantava 5 horas por vontade própria, não era imposição dos meus pais.

Aquele dia era um dia frio, então nos dias frios eu não vendia picolé. Dia quente eu vendia picolé, nos dias frios a minha avó fazia cafezinho, eu enrolava numa sacola de arroz, colocava dentro da minha caixa picolé, depois eu passava no ponto final do bairro onde eu morava, em Castelo Branco, acordava a Dona Maria salgadeira, a gente ia para a beira do fogão à lenha para fritar os salgados, e 7 horas eu já estava no centro de Vitória.

Vendia os salgados até por volta de 10h30, depois eu voltava pra casa para estudar. Então, sempre trabalhando, mas sempre estudando, priorizando os estudos.

Então, me formei, especializei e empreendi. Tenho 57 empresas e emprego 2 mil pessoas."

- Como era sua família?

"Vivíamos eu e os meus pais. A minha avó esporadicamente morava com a gente, então eu lembro dela fazendo esse café. Às vezes quando ela não estava, minha mãe fazia. A gente morava numa casa bem humilde, no bairro Castelo Branco, em Cariacica, onde eu nasci, onde hoje é Padre Gabriel. Na época o nome era Pica-Pau.

Eu tenho uma irmã, que é de 1981, e eu tive um irmão depois que eu estava na faculdade, já com 19 anos. A gente morava numa casa bem humilde. Antes de me formar, construí a primeira casa para meus pais, depois uma para mim, quando me casei. Consegui construir uma casa para eles no condomínio onde moro e estou construindo uma maior, para morarmos juntos."

- E qual foi a emoção de encontrar a capa do jornal?

"Meu primeiro e-mail sobre o assunto foi em 2010, para o Arquivo Público do Estado. Fui muito bem atendido, mas, infelizmente, eles não tinham algumas edições.

Há cerca de dois meses, entrei em contato com o jornal e, no final de maio, recebi a resposta que tinham encontrado. Eu estava no meio de uma reunião, pedi licença e comecei a chorar.

Porque, para mim, foi um momento muito marcante. Era um ciclo de algo que aconteceu lá atrás e que eu estava ali. É como se eu estivesse voltando no tempo e vivendo aquele momento de novo."

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