Clarinha: suposto filho de paciente misteriosa aparece e será feito exame de DNA
Corpo de Clarinha seguirá retido até o Ministério Público providenciar a realização do exame
Escute essa reportagem
Um suposto filho da Clarinha, paciente misteriosa que estava em coma no Hospital da Polícia Militar (HPM) desde 2001 e que morreu na noite de quinta-feira (14), apareceu no Departamento Médico Legal (DML), onde o corpo está retido. A informação foi revelada pelo coronel da reserva da Polícia Militar e médico Jorge Potratz.
De acordo com Potratz, o suposto filho de Clarinha apareceu na noite de sexta-feira (15), no entanto, para confirmar a identificação será necessário realizar o exame de DNA do suposto filho e comparar com os dados do DNA de Clarinha, que já estão no sistema. Isso porque ela não possui impressões digitais e, como consequência, não é possível fazer uma comparação simples mediante as digitais.
Desde que foi atropelada em 2000 e ficou internada em coma no Espírito Santo, são realizadas buscas por parentes biológicos de Clarinha - nome dado pelos profissionais do HPM que cuidaram dela ao longo destes anos, já que Clarinha foi socorrida sem documentos de identificação.
No entanto, nunca houve uma confirmação de parentesco.
O corpo de Clarinha seguirá retido até o Ministério Público providenciar a realização do exame de DNA.
Além do suposto filho que apareceu, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) revelou que três famílias entraram em contato, também na sexta-feira (15), manifestando interesse na realização do exame de DNA com o objetivo de confirmar um possível parentesco.
Caso Clarinha:
A paciente internada em estado vegetativo, conhecida como Clarinha, chegou ao Hospital da Polícia Militar, em 2001.
De acordo com relatos de testemunhas, ela estava fugindo de um perseguidor, também não identificado, e correu para o meio de uma avenida movimentada no Centro de Vitória, onde foi atropelada por um ônibus.
Levada para o antigo Hospital São Lucas, passou por diversas cirurgias. No entanto, o cérebro foi afetado, impedindo que ela retornasse de um coma profundo.
"Sem documentos e com as digitais desgastadas, buscou-se, em um primeiro momento, encontrar algum conhecido entre as testemunhas do acidente, mas ninguém tinha informações da paciente. Em seguida, Clarinha foi transferida para o HPM", explicou o Ministério Público do Estado em 2021.
Comentários