Crianças criam soluções para o trânsito
Estudantes têm desenvolvido novas ideias para resolver o excesso de tráfego nas ruas usando kits de Lego e de robótica
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Na busca por desenvolver habilidades que vão além dos conteúdos teóricos, alunos de escolas públicas já criam soluções para o transporte e para o trânsito com Lego e robótica.
Na escola municipal Rita de Cássia Oliveira, de Resistência, em Vitória, o projeto do clube de robótica tem encantado e despertado o interesse dos estudantes do 5º ano do ensino fundamental.
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A escola foi uma das selecionadas pelo Instituto Positivo, Disney, Lego Foundation Dow e First para participar do torneio de robótica deste ano e receber gratuitamente materiais Lego Education.
O pedagogo Ricardo Silva explicou que as aulas começaram há cerca de um mês, com parte dos estudantes convidados a participarem semanalmente do clube.
“A robótica nas escolas permite que alunos, mesmo com pensamentos diferentes, possam trabalhar e pensar juntos em solucionar problemas em comum Ricardo Silva, pedagogo
A cada semana, eles recebem desafios relacionados ao tema de transportes e, em grupo, desenvolvem, montam e programam soluções.
“Nesta semana, por exemplo, eles precisam pensar em como transportar um parque de um ponto a outro sem gastar muito combustível. São ideias que podem ser usadas no nosso cotidiano, como selecionar rotas mais curtas, com menor tráfego”.
O professor de Matemática e mediador do clube na escola, Carlos Maurício Janes, contou que além de trabalharem a Matemática e a tecnologia, a experiência dos alunos têm sido fantástica no aprendizado do trabalho em grupo.
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“Dentro de cada equipe, eles têm três funções bem definidas. Uma dupla atua como separadora das peças, outra como montadora e outra como programadora. Cada um tem uma função, que vai mudando a cada semana, mas todos pensam nas soluções para os desafios juntos. Isso tem desenvolvido muito esse relacionamento interpessoal. É muito gratificante ver como trabalham com alegria”.
Agora, além de um concurso realizado pela própria Lego, a escola já pensa em inscrever os estudantes para a Olimpíada Brasileira de Robótica, no nível iniciante.
Entre os alunos que participa do projeto na escola está Miguel Arthur Silva da Hora, 10, que é líder hoje da sua equipe.
“Estou gostando muito da robótica. Nunca tinha estudado antes, mas minha parte preferida tem sido a montagem. Já fizemos uma gangorra, que depois tinha de acender uma luz de LED e, na última semana, um caminhão”.
“A robótica desenvolve habilidades como lógica, identificação de processos e flexibilidade no pensar Janaína Spolidório, Especialista em Neuroeducação, formada em Ciências da Computação e designer instrucional neuropsicopedagógico
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