Invenções de alunos para melhorar saúde e dia a dia
Estudantes têm criado próteses ortopédicas feitas com garrafa pet e até carregador de celular sem fio, por indução eletromagnética
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Próteses ortopédicas feitas com garrafa pet, carregador de celular sem fio, por indução eletromagnética, e herbicida (substância para controlar plantas daninhas) natural. Esses são alguns dos projetos que têm sido desenvolvidos por estudantes de escolas capixabas para melhorar a saúde e o dia a dia.
Alunos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), do campus Vila Velha, desenvolveram um estudo sobre o uso das plantas, como citronela, hortelã-pimenta e capim-limão, na extração dos óleos essenciais para a criação de um nano-herbicida.
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O objetivo dos pesquisadores foi analisar o impacto das nanotecnologias como solução sustentável para a agricultura. Os resultados foram tão importantes que ganharam destaque na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em março deste ano, em São Paulo.
Agora, os alunos foram convidados para participar da Feira Internacional de Ciências e Engenharia, a Regeneron ISEF 2023, nos EUA, no próximo mês.
Entre as estudantes que se preparam para viajar e apresentar suas ideias está Beatriz Meneghetti, 17, do 3º ano do curso técnico em Química do Ifes. Para ela, o projeto tem permitido experiências que não pensava ser possível até então.
“Foi gratificante pesquisar o processo das nanoemulsões. Nos dá a sensação de responsabilidade e de poder ajudar na busca por alternativas sustentáveis”.
As estudantes Pamela Nunes Avelar, 18, e Yasmin Ferrari Altoé Francisco, 17, do curso técnico em Biotecnologia, também comentaram sobre a oportunidade do projeto de iniciação científica.
“Além da feira internacional, nas etapas regional e nacional, tivemos oportunidade de conhecer projetos em diversas áreas, além do contato com culturas distintas”, frisou Yasmin.
A pesquisa, coordenada pelo professor Hildegardo Seibert França, teve recursos do Programa de Iniciação Científica Júnior – Pesquisador do Futuro (Pic Jr.), da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes). “Essas iniciativas mudam perspectivas de vida de muitos estudantes e dá oportunidades”.
“Metodologias ativas baseadas em resolução de problemas nos ajudam a desenvolver nossa capacidade de refletir sobre nossas próprias percepções, pensamentos e ações Janaína Weissheimer, Pesquisadora da UFRN
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Na busca por soluções para desafios do dia a dia, uma equipe de robótica do Sesi de Jardim da Penha, Vitória, desenvolveu um protótipo que gera uma corrente de energia por indução eletromagnética capaz de carregar um aparelho celular.
O professor de robótica da instituição, Bruno de Castro, explicou que o projeto foi desenvolvido para um torneio de robótica que tinha a energia como tema.
“A equipe The Walking Lego, que tem seis alunos e dois suplentes do 7º ano do ensino fundamental ao 2º ano do ensino médio, recebeu o troféu de primeiro lugar em Inovação no Estado no Torneio de Robótica FLL (First Lego League)”.
Competição nacional
Quatro alunas do Ifes foram selecionadas para a etapa nacional do concurso Power Girls, competição da embaixada americana só para meninas do ensino médio.
Amanda Peres, Raquel Leal, Hayra Marques e Lívia Almeida, 16, estudam o curso técnico em Mecânica no campus Cachoeiro de Itapemirim e desenvolveram um projeto para transformar garrafas pet em próteses ortopédicas.
Agora, elas têm até novembro, quando acontece a premiação em Brasília, para desenvolver o protótipo. “Nossa ideia foi ajudar na preservação da natureza e as pessoas com deficiência”, disse Amanda.
“O Programa de Iniciação Científica Júnior é estímulo ao jovem estudante, tanto para que ele deseje ingressar num curso superior quanto para que desperte o interesse de seguir carreira acadêmica Denio Arantes, Diretor-presidente da Fapes
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