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O ensino do empreendedorismo nas escolas é essencial porque a configuração do trabalho está mudando no mundo
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O ensino do empreendedorismo nas escolas é essencial porque a configuração do trabalho está mudando no mundo, com menos postos de emprego formais, segundo o administrador e consultor empresarial convidado para a 1ª temporada do videocast Acelera Empreendedor, professor Glaucio Siqueira, gravado no Estúdio TribunaLab.
“As empresas que contratam querem funcionários com perfil empreendedor, que identifica novas oportunidades que a própria empresa possa usufruir”, afirma.
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O professor destaca que os alunos estão aptos a aprender sobre empreendedorismo a partir dos 7 anos, porque já começam a entender sobre o dinheiro.
“É preciso aprender a planejar, organizar, ter resiliência e superar dificuldades. Esta é uma geração muito imediatista, focada na internet. O aprendizado envolve corrigir pequenos erros, e empresas, às vezes, precisam de correções constantes”, observa o especialista.
Glaucio Siqueira destaca que, no Brasil, existe o conceito de sempre se mostrar casos de sucesso quando se fala em empreendedores, mas não se costuma lembrar a trajetória percorrida até o sucesso.
“Para aprender empreendedorismo, o melhor é ouvir a história de outros empreendedores. Como chegaram até lá? Como evoluíram?”, explica o professor.
Segundo Glaucio Siqueira, nesse sistema em que o empreendedorismo ganha força dentro das empresas, os funcionários seriam beneficiados, uma vez que teriam participações nos lucros dos produtos ou se tornariam sócios dos projetos que sugerem.
Para o especialista, a área educacional ainda precisa avançar muito para atender à demanda do mercado de trabalho, que já está formada, e da que está por vir.
“A área educacional anda lenta. O mercado muda e a educação fica ensinando para um mundo que não existe mais”, avalia.
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Glaucio Siqueira comentou sobre a importância da integração do ensino com as empresas.
“É preciso integrar a academia com os empresários”, destaca o especialista.
“Esta é uma geração muito imediatista, focada na internet. O aprendizado envolve corrigir pequenos erros, e empresas, às vezes, precisam de correções constantes Glaucio Siqueira, Administrador e professor
Preparação dos alunos para o futuro
Com os alunos Henrique Miranda Nogueira, 14 anos, do 9º ano, e Sophia Gomes Bayer, 13 anos, do 8º ano, o professor de Matemática e Matemática Financeira do UP Centro Educacional Gustavo Panin Ramos afirma que a disciplina Matemática Financeira é ministrada no 6º, 7º, 8º e 9º anos.
“No 8º ano, tem as aulas de empreendedorismo e eles sempre se interessam muito, pois associam empreender com ganhar muito dinheiro, mas a gente explica que é se arriscar também”, afirma o professor.
Para Sophia, o empreendedorismo é importante para preparar os alunos para o futuro.
“Para termos um bom planejamento, e estarmos preparados para o mercado de trabalho”, afirma a aluna.
O estudante Henrique destaca que a disciplina também ensina como administrar o dinheiro.
“Isso é muito importante, já que tenho certeza de que, em um futuro não muito distante, iria gastar tudo por não saber como usar. Agora entendo. Também significa nova disciplina, que não tem na grade curricular, mas que deveria ter, para dar aos adolescentes uma nova visão da realidade, da vida. Por isso, acho muito importante o conteúdo na educação”, afirma o estudante.
Segundo o professor Gustavo Ramos, no 6º ano, os alunos aprendem sobre compras, a origem do dinheiro, para que servem os bancos e cartões de crédito.
No 7º ano, eles aprendem o planejamento financeiro, como dividir o dinheiro, fazer reserva de emergência e orçamento.
“Por exemplo, se querem fazer uma festa de aniversário, avaliam quanto vão custar o bolo, salgados, refrigerantes, DJ, tudo dentro da realidade deles, para aprender a fazer o orçamento, e quanto tempo terão de guardar dinheiro para fazer a festa”, afirma o professor.
O mercado do trabalho é o tema das aulas do 8º ano. Férias, 13º, demissões por justa causa, e os alunos fazem um trabalho sobre empreendedorismo.
Já no 9º, é ensinado sobre bolsa de valores, tesouro direto e aplicações financeiras. “A proposta é que vejam a Matemática como meio de entendimento do cotidiano”, afirma o professor.
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