O ano em que vimos a educação dar frutos
Educação que transforma realidades e consolida a ascensão social de jovens pelo Brasil
Leitores do Jornal A Tribuna
Em 2025, o Instituto Ponte completou 11 anos de atuação. Nesse período, acompanhamos de perto a transformação de jovens que acreditaram que a educação poderia mudar suas histórias. Este ano, pela primeira vez, vi essa trajetória se completar: nossa primeira turma se formou. Meninos e meninas que chegaram até nós com 12 anos hoje concluem cursos como Medicina, Engenharia de Computação, Engenharia de Software, Farmácia e Administração.
Entre esses jovens, está Marlon Borges, filho de um metalúrgico e de uma auxiliar de cozinha, que agora se forma médico. Também acompanho com atenção a caminhada dos alunos que hoje se formam na Intelli, atuando nas áreas de engenharia de software e de computação.
Quando ingressaram no Instituto, suas famílias viviam com renda per capita baixa; hoje, esses jovens têm renda média 11 vezes maior do que a renda familiar de origem. A ascensão social se concretizando.
2025 também foi um ano de reconhecimento institucional. Pela sétima vez, o Instituto Ponte foi eleito uma das 100 Melhores ONGs do Brasil, certificação concedida pela Certificadora Social e Ambev VOA.
Ficamos ainda com o 2º lugar geral no Prêmio de Responsabilidade Social da FGV, integramos a 10ª Galeria de Notáveis da Money Report, na categoria Responsabilidade Social. Foram cinco premiações em um mesmo ano, um sinal claro de que o impacto e a seriedade do nosso trabalho foram percebidos por diferentes instituições.
Esses reconhecimentos, no entanto, só fazem sentido quando conectados ao que vejo diariamente: jovens ampliando oportunidades, apoiadores acreditando na causa, famílias enxergando novos caminhos.
Hoje, acompanhamos 466 alunos de 19 estados, das grandes cidades ao interior. Alguns já conseguem ajudar suas famílias financeiramente; outros doam para que mais jovens ingressem no programa.
Vejo também nossos alunos participando de hackathons e vivendo experiências acadêmicas e profissionais antes distantes de sua realidade inicial.
Chegar a este ponto me faz lembrar do princípio que guiou a criação do Instituto Ponte: indignar-se com o que pode ser mudado e agir coletivamente para transformar. As histórias desta primeira turma confirmam que esse movimento é possível e necessário.
Encerramos 2025 preparados para um 2026 com vento a favor. A todos que caminharam conosco, meu agradecimento sincero. Cada prêmio recebido, cada aluno formado e cada família que vê sua realidade mudar também carrega a participação de quem acredita no Instituto Ponte.
Que o próximo ano seja, para todos nós, um tempo de avanços baseados em compromisso, trabalho e oportunidade.
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